tag:blogger.com,1999:blog-26286785173533359002024-03-05T01:48:03.021-08:00Mateus Souto Maior BarrosMateus Souto Maior Barroshttp://www.blogger.com/profile/17065724417252876588noreply@blogger.comBlogger37125tag:blogger.com,1999:blog-2628678517353335900.post-45139343563036263492018-06-28T20:47:00.000-07:002018-06-28T20:59:59.396-07:00Indiferença, Nada e o Som do silêncio <br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4pupS4aknCQ0eEv6tBfZfoIBznQmLA9XManRCOHlYf9uyxo-Ki32TipfM6BwCoZDcvDOJ3t6BovxpaB4UhYsL9P6S4RW0pBRrvTSdPO_GqyLZdAwKg7g6yk01jq7DfqP7JGW3tKwMaZbk/s1600/Untitled-1499792308_835x547.jpg" imageanchor="1"><img border="0" height="206" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4pupS4aknCQ0eEv6tBfZfoIBznQmLA9XManRCOHlYf9uyxo-Ki32TipfM6BwCoZDcvDOJ3t6BovxpaB4UhYsL9P6S4RW0pBRrvTSdPO_GqyLZdAwKg7g6yk01jq7DfqP7JGW3tKwMaZbk/s320/Untitled-1499792308_835x547.jpg" width="320" /></a></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como
podemos sobreviver a um mundo inóspito e indiferente? Talvez não sobrevivamos.
Talvez já estejamos mortos e nem sequer saibamos. Nos mantemos presos ao mastro
de vela em um barco que navega num oceano cuja linha do horizonte não indica
presença de terra firme. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Não
podemos nos referir à indiferença como um sentimento, pois isso seria uma
contradição em termos. A indiferença significa justamente a ausência de
sentimentos pelo outro, de atenção, de cuidado... de afeto. Diante de um ser
indiferente, o herói da trama pode se deparar com o maior dos inimigos: O Nada.
Assim como Michael Ende em seu livro, a “História sem fim” pode encontrar o seu
fim em um mundo que não a acolhe com a força da imaginação. Se não somos
devidamente acolhidos pelo outro, somos reduzidos ao nada, ao inexistente. Neste
momento, a vida perde sentido, substância, e podemos nos entregar à experiência
do absurdo. Por absurdo, entenda-se: Falta de sentido, de direcionamento para a
vida. O olhar do outro representa bem um direcionamento para a vida, pois
podemos dormir e acordar sabendo que hoje iremos fazer bem a alguém. Precisamos
disto para viver uma vida mais significativa e menos ordinária. E se não existe,
podemos chegar ao ponto de não nos reconhecermos nem diante de um espelho. Ora,
se não sou visto e reconhecido por outrem, então quem será este estranho que
nos olha fixamente na imagem refletida? Parece loucura? Pois é só o começo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Diante
do olhar indiferente, temos duas opções básicas: Aceitamos a sua indiferença e
abandonamos o olhar morto ou vivemos a angústia absurda e humilhante de tentar nos
inserir neste campo de visão que não reconhece a nossa integridade. A
primeira escolha foi tomada por psicóticos e autistas que, percebendo a
inospitalidade do mundo, decidiram por se recolher ao seu mundo interior, fruto
da sua imaginação, povoado por dragões, reis, rainhas e príncipes (engraçado
como a classe camponesa não comparece nesses delírios). A eles pertence a
história sem fim, que não deixa de ser engolida pelo nada por não encontrar
lugares de partilha no mundo. Os operários da saúde mental pós reforma
psiquiátrica são pessoas empenhadas em emprestar um olhar diferenciado com o propósito
de oferecerem lugar no mundo para esses cidadãos marginalizados. Os esforços,
quando bem sucedidos, acabam por revelar seres humanos surpreendentes,
mas que ainda sim, continuam incompreendidos por carregarem o estigma social da
doença psicológica. Por trás do estigma e do preconceito, há o retorno do olhar
indiferente que ignora o outro. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>E
quanto ao indiferente? Quais o elementos que regem o olhar deste ser? Ausência
de empatia, egocentrismo, apatia? Será que ele também vive experiências de
vazio existencial? Se você é um desses e está lendo este texto, deve encontrar respostas
para tais perguntas no seu íntimo. O fator principal é a prática da indiferença
e do desinteresse pelo outro que, quando multiplicado e tornado uma prática
comum, pode condenar uma sociedade inteira a viver no vazio existencial. Por
mais que vazio existencial seja um tema não muito relevante nas ciências psicológicas
brasileiras, ele é o responsável por altos índices de suicídio, depressão e uso
abusivo de drogas na nossa sociedade. A solidão, ausência de respostas e
desamparo são outros elementos que marcam a experiência do atormentado pelo
vazio existencial. Este pode estar se encontrando sozinho e na companhia do som
do silêncio. E por falar em som do silencio, encerro este texto com a música e
a letra dos mestres da música folk, Simon e Garfunkel. Boa noite a todos!<o:p></o:p></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxHE48l2ArRNWXxOkH8GNBmslz4vl1EdQc5pHl0n26gVMIX3gEorA3Ud8HAHvoEYk3GUKhqvySuYOHDKYIu5Q' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 19.2pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">O Som do
Silêncio<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 19.2pt;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Olá
escuridão, minha velha amiga</span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Eu vim falar com você novamente</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
</span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Porque uma visão suavemente sinistra</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
</span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Deixou suas sementes enquanto eu dormia</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
</span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">E a visão que foi plantada em minha mente</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
</span>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Ainda continua dentro do som do silêncio</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
<o:p></o:p></span><br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 19.2pt;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Em sonhos
agitados eu caminhei sozinho</span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Ruas estreitas de paralelepípedos</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
</span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Sob a luz de uma lâmpada de rua</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
</span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Eu virei meu colarinho para o frio e a umidade</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
<o:p></o:p></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 19.2pt;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Quando
meus olhos foram apunhalados</span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Pelo lampejo de uma luz de neon</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
</span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Que dividiu a noite</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
</span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">E tocou o som do silêncio</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
<o:p></o:p></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 19.2pt;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">E na luz
nua eu vi</span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Dez mil pessoas, talvez mais</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
</span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Pessoas falando sem conversar</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
</span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Pessoas ouvindo sem escutar</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
<o:p></o:p></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 19.2pt;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Pessoas
escrevendo canções</span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">De vozes que nunca se compartilham</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
</span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">E ninguém se atreve</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
</span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Perturbar o som do silêncio</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
<o:p></o:p></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 19.2pt;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Tolos -,
disse eu -, vocês não sabem</span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Silêncio cresce como um câncer</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
</span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Escute minhas palavras que talvez eu possa te ensinar</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
</span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Pegue em meus braços que talvez eu possa te alcançar</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
</span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Mas minhas palavras, como gotas silenciosas de chuva caíram</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
</span>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">E ecoaram nos poços do silêncio</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
<o:p></o:p></span><br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 19.2pt;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">E as
pessoas se curvaram e oraram</span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Ao Deus de neon que elas fizeram</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
</span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">E a placa piscou o seu aviso</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
</span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">E as palavras que estavam formando</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
<o:p></o:p></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">E o aviso
disse</span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">As palavras dos profetas</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
</span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Estão escritas nas paredes do metrô</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
</span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">E nos corredores dos cortiços</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
</span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">E sussurradas no som do silêncio</span></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">
<o:p></o:p></span>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Mateus Souto Maior Barroshttp://www.blogger.com/profile/17065724417252876588noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2628678517353335900.post-48986193200411108302012-05-26T10:47:00.003-07:002017-02-15T16:47:41.792-08:00Deus no ramo da salvação dos homens na terra<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcB5SZ8MumQ4xnUDGzAotFrfMPuks71VzTbPozh3S1N3jWX3muFULgNb1r1CwYBGMgizQiUS0kRhNDsmsJirQx4-FJwbO3PTtMkmMy2d8gBHYP0tkHFzTvr3f2POXduFQ2d5F4DVcv0JzG/s1600/deus_2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcB5SZ8MumQ4xnUDGzAotFrfMPuks71VzTbPozh3S1N3jWX3muFULgNb1r1CwYBGMgizQiUS0kRhNDsmsJirQx4-FJwbO3PTtMkmMy2d8gBHYP0tkHFzTvr3f2POXduFQ2d5F4DVcv0JzG/s320/deus_2.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Trata-se de um cargo com alto
nível de exigência em sua linha de produção: o da salvação dos homens na terra.
Na empresa que presta serviços a este nobre planeta coberto de águas, tal cargo
é ocupado única e exclusivamente por Deus, um funcionário que se revela
proativo diante de uma demanda extensiva. Gerentes de outras grandes empresas
do universo devem de alguma forma tentar convencê-lo a trabalhar com eles, ou
até mesmo usá-lo como paradigma para o recrutamento de novos talentos. Não sei
dos meios de produção disponíveis para a execução do seu trabalho, nem se ele
conta com a ajuda de assistentes ou de tecnologia avançada para o cumprimento
da grande demanda; e muito menos sei se tamanha demanda anda sendo cumprida
corretamente, com todas as suas metas batidas e objetivos alcançados. O que sei
é que a demanda é bastante grande.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">É dessa forma que Deus tem sido
representado na minha mente nas ocasiões em que me deparo com as pessoas
recorrendo a ele nos momentos de desespero e aflição. Não se trata de um
fenômeno atual - eu até suponho que os pedidos de ajuda a Deus foram mais
intensos em épocas mais obscuras do mundo ocidental, como na idade média.
Porém, é atual a demanda pela oferta de um Deus que possa garantir a resolução
dos problemas e menor tempo e da melhor forma possível nesse grande mercado de
religiões em que se encontra a cultura ocidental. Algumas igrejas evangélicas,
por exemplo, costumam pregar que Deus ama a todos e que tem um bom projeto de
vida para as pessoas que seguem o seu caminho. Religiões de matrizes
afro-brasileiras, que cultuam os orixás, garantem a resolução dos problemas
através de trabalhos e obrigações que uma pessoa venha a fazer por aquele orixá;
nesse caso, é o orixá quem ajuda a pessoa em troca de alguma coisa. Esses são
dois exemplos de religião que oferecem uma salvação mais do ponto de vista
material; não é a toa que, devido à semelhança do produto ofertado, ambas são
bastante rivais no mercado. Também há religiões que apontam para um caminho de
salvação espiritual, e não material; em outro mundo, e não neste. São os casos
da Igreja católica, do Espiritismo, do judaísmo, do islamismo, e também de
outras que possam existir. No caso da igreja católica, existe a crença nos
milagres, o que mantêm o padrão de relação dos fieis para com deus na mesma
linha de esperança salvacionista. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Sobre a salvação, eu tenho a
seguinte visão: Deus criou o mundo e seis dias e descansou no sétimo; após
isso, ele deu o livre-arbítrio aos homens para que eles continuassem com o
trabalho de criação de Deus na terra. Só que o livre-arbítrio implica na
liberdade de se fazer o que quiser e o que bem entende, o que permite que
coisas possam ser feitas para o bem e para o mal. O julgamento a respeito do
bem e do mal fica a cargo da ética e da moral de uma sociedade, da cultura e de
cada pessoa nela inserida. A religião teria então o compromisso com essa moral
no fazer dos homens. Mas, como a moral religiosa não acolhe todos os interesses
do homem, é inevitável que se crie uma justiça dos homens, que em muito não
corresponde com a justiça divina. É a essa justiça dos homens a qual estamos
submetidos. Ou seja, quando nos questionarmos sobre o porquê de sermos pessoas
tão boas e não termos o retorno necessário para a nossa felicidade, lembre-se de
que não é à justiça de Deus que devemos reclamar, pois o reino de Deus ‘não é
deste mundo’. É aos homens que devemos reclamar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="color: white;"> Em relação a tudo isto, eu me identifico com
os movimentos espiritualistas asiáticos - que não se caracterizam como religião
no sentido tradicional ocidental por representarem mais do que isso: Trata-se
de práticas do dia-a-dia, filosofia de vida, reflexão a respeito da nossa
relação com o mundo e com a natureza. Podemos incluir dentre eles: o budismo
chinês, tibetano, tailandês; o Hinduísmo, o Taoísmo, dentre outros. São
tradições mais de mil anos, formadoras de uma cultura centrada no homem, no seu
interior, no desapego às coisas externas como um caminho para o crescimento
pessoal e espiritual. Os ensinamentos de Buda dizem que as respostas estão no
interior de cada um de nós, e que é somente nós que poderemos encontra-la.
Contrapõe-se à busca da felicidade através do meio externo, pois o mundo
externo só nos trás dúvidas e contradições. Mais do que isso, eles dizem que
nós e a natureza somos um só, uma unidade integrada e indivisível – diferente do
que a nossa cultura ocidental nos faz pensar com o paradigma cartesiano. Nessa
relação indivisível com a natureza, somos inteiramente responsáveis por tudo o
que fazemos e tudo o que fazemos: nossas ações causam modificações no ambiente,
e este enviará respostas para você na mesma proporção da sua ação. É a lei da
ação e reação – A reação é o que os budistas tibetanos chamam de Karma. Em outras
palavras, não somos seres odiados por Deus por sermos infelizes, pois ele não
tem domínio sobre as ações do homem e nem sobre nossas próprias ações. Tudo o
que fazemos gera consequências para nós mesmos, o que significa que nós mesmos
que construímos nossa felicidade. Podemos estar na pior situação social e
pessoal, mas se formos guiados por bons pensamentos, por boas intenções em
relação às outras pessoas, não restará dúvida que um dia teremos um bom
retorno, mesmo que isso tarde. O caminho da meditação que os budistas possuem é
um meio de nos desapegarmos das coisas que nos fazem se sentir mal – angústias em
relação ao passado, medo do futuro... - e nos concentrarmos no que está
acontecendo no presente, dentro de nós e a nossa volta. É uma forma de autoconhecimento,
uma forma de assumirmos as rédeas do nosso destino e deixarmos um pouco Deus em
paz. A partir disso, a única forma que teremos de incomodar a Deus será através
da nossa gratidão a ele, pela vida que ele nos deu, pela oportunidade de
estarmos vivenciando tudo isto.</span><span style="color: rgba(0 , 0 , 0 , 0);"><o:p></o:p></span></span></div>
Mateus Souto Maior Barroshttp://www.blogger.com/profile/17065724417252876588noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2628678517353335900.post-76260137317659478902012-09-12T13:44:00.000-07:002017-02-15T16:47:01.554-08:00Não gostaria de ser eterno; porém, gostaria de viver oito séculos ... ou mais.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoogQVMe462eYr5jfbzDiTr_8QbF5ogU_NftqWJFMkjVtwohQ8wGkeSH7Hfh1h7PJ1TcU7NR45bDzMHL1t3MU6JwsrtNRnc5F3lRuat_J1vaDlrUjup28-g6y6lJwhA133Gish_eMG6UAs/s1600/thumb_eternidade.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="244" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoogQVMe462eYr5jfbzDiTr_8QbF5ogU_NftqWJFMkjVtwohQ8wGkeSH7Hfh1h7PJ1TcU7NR45bDzMHL1t3MU6JwsrtNRnc5F3lRuat_J1vaDlrUjup28-g6y6lJwhA133Gish_eMG6UAs/s320/thumb_eternidade.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Completei trinta anos no dia 31 de julho de 2012. Imaginava
eu que o momento de tal acontecimento seria suportado por sentimentos
melancólicos mais perturbadores. Perturbadora não deixa de ser a ideia de
envelhecer e caminhar para a morte certa, algo que deve ser aceito de forma
seca, grosseira, e com total isenção de barganha - A passagem do tempo se impõe
em nossas vidas com uma violência um tanto quanto ardilosa. Ardilosa devido aos
engendramentos culturais sobre o passar do tempo e o consequente envelhecer das
pessoas. Só para fazer um paralelo: na cultura milenar do extremo oriente,
envelhecer significa acumular sabedoria e ser respeitado com a dignidade que a
sua idade lhes permite; já no extremo ocidente em que cá estamos, um culto aos
modelos juvenis e a valorização da juventude se espalhou como uma praga na
mentalidade da população ao ponto de fazer do envelhecimento, um sinônimo de
decadência física e - por mais incrível que pareça - cultural. Tamanhos são os
esforços criados para retardar o envelhecimento, para perpetuar aquilo que se
esvanece facilmente como a própria vida: a juventude. Mais certo do que isto só
mesmo a morte; tão amarga é a certeza como tão exaustiva é a negação utilizada
como mecanismo de defesa contra cruel realidade. Aproximando essas duas
verdades é que somos levados a crer que a perpetuação da juventude soa como uma
ilusão de eternidade – a eternidade aí se encontra na sensação de que a morte
possa estar o mais longe possível de nós. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Sou um cara
que gosta muito de ler e entender sobre a história da humanidade, apesar de
isso não condizer com a minha formação acadêmica. Gosto de entender a origem e o
estado das coisas atuais a partir do que ocorreu no passado, seja ele recente
ou remoto. Faço de livros de história, meus livros de cabeceira. Em meio a essa
mania, o novo, nem me parece tão atrativo quanto o passado. Filmes e músicas
antigos, tendo como principais referências, os anos 70, 80 e 90, são as minhas
melhores opções de distração dentro do meu universo particular. E é justamente
nesse momento em que eu mais me assusto, quando vejo artistas de uma época como
os anos 70 hoje velhos ou até mortos. Como assim, tão rápido? Os anos 70 foram
ontem, afinal. E os anos 80? Pessoa dessa época tão todas envelhecendo também. Eu
assisto a um filme dessa época e vejo todos tão lúcidos, vivazes, jovens. De
tão veloz, a passagem do tempo é mesmo cruel. E quando visito um passado ainda
mais distante, outros séculos atrás nos livros de história, quando a sociedade
se apresenta de uma forma bem diferente do que é hoje, é que eu me dou conta de
outra realidade cruel: Além do tempo passar rápido, nossas vidas são muito
breves. Não dá para atingir todos os nossos objetivos nesse pouco tempo de vida
que temos – isso considerando o estado atual das coisas, onde criamos objetivos
novos a cada segundo. E já que falei em ‘atual estado das coisas’ penso que a
eternidade aqui na terra talvez não fosse o ideal, pois uma vez que a população
não para de crescer, é preciso que uns passem a ceder espaço para outros
habitarem com um certo conforto aqui na terra. Mas se não pudesse ser a
eternidade, que fosse pelo menos a longevidade dos homens que habitaram a terra
nos tempos de Moisés. Segundo consta no antigo testamento, esses homens
chegavam a viver até 800 anos, ou mais. Após o pecado do dilúvio, foi que Deus
resolveu reduzir a vida humana para entre 70 e 120 anos – malditos os homens
que deixaram as coisas saírem do controle naquele tempo. E já que falei na
bíblia, é sempre bom que pensemos que Deus é bondoso demais conosco, senão não
haveria uma eternidade prometida para nós depois dessa vida – na linguagem dos
católicos –, uma reencarnação nesse mundo – na linguagem dos espíritas – dentre
tantas outras promessas. Não quero pensar no que possa ser justo ou correto divinamente
falando, o que penso é: seria um grande ideal de vida para mim, viver pelo
menos oito séculos ou mais. Quantas realizações não poderiam ser alcançadas com
isso? Haveria tempo suficiente para cada
pessoa dar um real sentido às suas vidas, pois todas as experiências possíveis
poderiam ser vividas num ritmo mais serenos e menos desenfreadas. Haveria mais
tempo para não fazer nada e ver a vida passar. Enfim, todos os prazeres e
desprazeres da vida poderiam ter suas vivências estendidas; afinal não é apenas
de prazer que devemos viver, né?<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Saindo um pouco desta queixa, eis
que retorno algumas linhas atrás, para a minha experiência de entrada nos 30,
pois tem algumas coisas interessantes aí que eu gostaria de compartilhar com os
meus leitores. Posso dizer que me preparei para o devido momento, pois algumas
decisões foram tomadas meses antes e estas acompanharam um processo de mudança
de atitude: Parei de fumar; passei a praticar a minha arte marcial que eu tanto
admiro mas que às vezes me assusta devido à violência: o Muay thai; passei a frequentar
academia e fazer musculação religiosamente todas as manhãs, acompanhado de
suplementos alimentares e outros produtos para malhação. Tais mudanças me proporcionaram
ótimos resultados fisiológicos e sociais – Fisiológicos: boa respiração, mais
disposição, bom humor, corpo mais forte e bonito; Sociais: resultante das
mudanças biológicas, eis que andei recebendo elogios quanto à minha beleza
externa e minha energia interior. Em decorrência disto tudo, eis que vem a
maior recompensa de todas: estou em paz comigo mesmo, com meu mundo interior e
com Deus. E pensar que tudo não passou de um grande investimento narcísico como
uma forma de se defender de uma crise maior que se anunciava. E daí? Que seja.
Seja saudável ou patológica, o que importa é como você se sente internamente.
Patológico não poderia ser então, senão seria uma contradição em termos. O fato
é que fisiculturismo tem seus ganhos quando é bem conduzido – e sobre isso,
devo acrescentar que a minha cabeça andou funcionando melhor e mais acelerada,
apesar disso não ter favorecido uma maior produção para este blog. Tô sentindo a
felicidade momentânea, algo como uma parte de uma grande realização, e isto é o
que mais importa. Só lamento não ter sentido tal experiência no alvorecer dos
meus 20 anos, o que talvez pudesse me favorecer mais conquistas amorosas
oriundas de uma maior autoestima. É nessa parte em que mais pesa a limitação da
vida: quando percebemos que não podemos voltar no tempo e que passamos a ter
menos tempo para desfrutar das nossas conquistas quanto mais tarde as
alcançamos. Isso há de se resolver um dia, quando formos capazes de viver oito
séculos... ou mais. </span></div>
Mateus Souto Maior Barroshttp://www.blogger.com/profile/17065724417252876588noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2628678517353335900.post-15417443644895488272016-04-14T17:00:00.001-07:002016-04-14T18:36:43.109-07:00Alguém me chamou?<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 13.5pt; line-height: 115%;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtG1ER7KzjBt4dqTV_0_cOyTRbuN2_h8SpgpIrIl8aDpUCkxOXt_YL3Q7J3ui6CNArztSlmwDtDR8sQzdm2_dKjd4L16TQji2Ezu1LfudhfqWh771nMSsVZsVHKF9TYEekpau8qXS7JBhU/s1600/chamei.jpg" imageanchor="1"><img border="0" height="152" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtG1ER7KzjBt4dqTV_0_cOyTRbuN2_h8SpgpIrIl8aDpUCkxOXt_YL3Q7J3ui6CNArztSlmwDtDR8sQzdm2_dKjd4L16TQji2Ezu1LfudhfqWh771nMSsVZsVHKF9TYEekpau8qXS7JBhU/s320/chamei.jpg" width="320" /></a></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Me chamando ou não, eu cheguei.</div>
<span style="font-size: 13.5pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt; line-height: 115%;">Se
faz sentido o dizer popular de domínio público que diz que a vida começa aos
quarenta, acredito que ela também possa recomeçar quando se revive um blog que
parecia estar morto a pouco mais de quatro anos. Aqui estou eu, caros leitores,
depois desse pequeno intervalo, para continuar apresentando a vocês as minha
frias, desconexas, mal traçadas, rabiscadas... ideias. E o pior, na maior cara
de pau, como se nada tivesse acontecido.<o:p></o:p></span><br />
<br />
<span style="font-size: 18px; line-height: 20.7px;">A verdade é que muita coisa aconteceu; afinal, foram quatro anos cheios acontecimentos, desafios e mudanças na vida deste que com vossas excelências proseia. Uns significativos, outros não. Também não vou me ater a detalhes do transcorrer desse período de quatro anos.</span><br />
<br />
<div class="MsoNormal">
No período da minha última publicação, eu era um psicólogo
desempregado que estudava diariamente com o objetivo de ingressar na vida de
barnabé (servidor público). Tinha acabado de completar 30 anos e estava muito
entusiasmado com o sucesso da minha estratégia para driblar a crise que
acompanha este período: adotei um calendário semanal que incluía não somente os
estudos para concurso, como também, as atividades físicas diárias que me
levaram a ter uma vida mais saudável, com elevação de auto-estima, abandono do
cigarro, e outras coisas mais. A passagem para ano de 2013 foi marcada por
importantes acontecimentos sucessivos no país e no mundo, sobre os quais eu
achei que deveria publicar algo, mas que também me deixei levar por outras prioridades e a preguiça de
sintetizar tudo. Vivi de acordo com um ciclo repetitivo que envolvia:
musculação de segunda a sexta; treinos de muay thai nas segundas quartas e
sextas; Estudos para concurso público nas tardes e noites das segundas às
sextas feiras. Tudo caminhava harmoniosamente nesse ritmo, até que dois
fenômenos internos me ocorreram repentinamente no mês de maio: 1) O cansaço de
tomar pancadas na cabeça que me levou a abandonar os treinos de Muay Thai; e 2)
o tédio intelectual em que me encontrei logo após a classificação rasteira no
concurso público da UFPE, o que me levou a dar um tempo nos estudos para
concurso público e a tentar ingressar no mestrado. Sem mais pancadas na cabeça
e cursando uma disciplina do mestrado da UFPE como aluno de nivelamento, me
encontro muito feliz por estar preenchendo a minha mente com novos conteúdos
relacionados à minha profissão e por ter driblado a crise dos 31, que na
ocasião, foi muito pior do que a dos 30. Tudo muito feliz, pois parecia que o
meu destino estava certo quanto à ingressão no mestrado; mas foi aí que outro
fato marcante aconteceu: Fui nomeado para tomar posse de um cargo para o qual
eu concorri no final de 2009... o de psicólogo do município de Lajedo/PE. Para o relato da passagem desse período até
então, reservarei o próximo parágrafo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E agora? Cadê o próximo parágrafo?</div>
</div>
</div>
Mateus Souto Maior Barroshttp://www.blogger.com/profile/17065724417252876588noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2628678517353335900.post-61893112619611992662012-12-27T13:10:00.000-08:002012-12-27T13:17:37.699-08:00Pequenos textos facebookeanos de 2012 <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIR32nZW5DJ1XRWIK1b85qPUtqcAHc_aMfTd-zCWraw8i0SjHo19c2tkXZjyE3-I5A1RlYoUc0NJSRq_fY4QfEsjzYsTRtJDDiOEOUplIpYR14tBYVpROmXe_PDSuYiYoeRbkob2YMhgcW/s1600/curtir-facebook1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIR32nZW5DJ1XRWIK1b85qPUtqcAHc_aMfTd-zCWraw8i0SjHo19c2tkXZjyE3-I5A1RlYoUc0NJSRq_fY4QfEsjzYsTRtJDDiOEOUplIpYR14tBYVpROmXe_PDSuYiYoeRbkob2YMhgcW/s320/curtir-facebook1.png" width="320" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"><br /></span></span></span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-color: #134f5c; color: white;">(Para finalizar este ano muito produtivo de 2012, um post contendo algumas postagens minhas bastante curtidas no Facebook. Reflexões breves e corriqueiras)</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-color: #134f5c; color: white;">23-03-2012</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="background-color: #134f5c; color: white;"><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">A
maior cilada em que você pode entrar num relacionamento é a de
achar que você é feliz porque você está com aquela pessoa.
Fazendo isso, você vai estar enveredando pela velha dicotomia TER X
SER. Se você é feliz porque TEM algo externo a você, sua
felicidade pode acabar em instantes, pois tudo o que externamente
adquirido nunca deixará de ter suas probabilidades de ser perdido,
independentemente</span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"> </span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">do
amor que que possamos ter por este algo. Por outro lado se somos
felizes porque SOMOS aquilo que desejamos e lutamos para ser, isso
não poderá ser tirado da gente, pois a dimensão do nosso ser é
tudo aquilo que melhor podemos conhecer; é para onde mais
direcionamos as nossas expectativas; é a morada da nossa inviolável
autonomia;... e portanto, é a dimensão da felicidade que nunca será
perdida depois de conquistada !!</span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"><br /></span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">(Mateus
S. M. Barros)</span></span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-color: #134f5c; color: white;"><br /></span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-color: #134f5c; color: white;">24-03-2012</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="background-color: #134f5c; color: white;"><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Outra
cilada encontrada nos relacionamentos amorosos é a da esperança de
que o outro mude o seu jeito de ser. Isso é o mesmo que acreditar
que existe um amor ideal; algo diferente e distante de um amor real.
Idealização é fenômeno comum em pessoas mimadas, que não
conseguem viver a realidade tal como ela é. São pessoas que
concebem a realidade como um campo de realização dos desejos, e que
portant</span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">o,
se frustram ao descobrirem que ela não é esse campo. O amor real é
feito a partir da aceitação incondicional, tal qual uma mãe sente
com relação ao seu filho, apesar de todas as suas imperfeições.
Assim devem ser nos relacionamentos amorosos; pois se você escolheu
estar com aquela pessoa, é porque você gosta dela por inteiro. Por
outro lado, se você não aceita os defeitos da pessoa por não saber
que ela era daquele jeito, é porque a sua cabeça não permitiu
enxergar a pessoa como ela realmente é. Se você gosta de alguém,
aceite e saiba conviver com os seus defeitos; não espere que ela
mude, pois a mudança é consequência de um processo de vivência a
dois. E, por fim, respeite a individualidade da pessoa;
individualidade essa que consiste em um terreno tão sagrado para uma
relação.</span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"><br /></span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">(Mateus
S.M. Barros)</span></span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-color: #134f5c; color: white;"><br /></span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-color: #134f5c; color: white;">27-03-2012</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="background-color: #134f5c; color: white;"><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Amizade
não é um imposto a ser cobrado todo mês. Também não considero
delicado que a presença física (telefonema entra no conjunto desta
obra) seja cobrada como uma prova da legitimação da amizade. Isso
porque uma amizade verdadeira não se mede pela presença física do
dia-a-dia. Pelo contrário, uma amizade verdadeira se manifesta no
prazer do reencontro, com a mesma intensidade e prazer que poderia
ser se o tempo que intercalasse o encontro não tivesse decorrido.
Isso porque a amizade possui uma história composta de momentos
importantes e marcantes que resultaram no fortalecimento do vínculo.
Por outro lado, a vida é cheia de circunstâncias – caminhos
traçados de maneira única por ambas as partes – que dificulta uma
constância maior de encontros. Cabe ao amigo compreender essa
situação vivida pelo outro. Cobrar presença física é sinal de
duas coisas: extrema carência e egoísmo. Extrema carência porque
essa pessoa carece de avanços no desenvolvimento da sua
autossuficiência; e egoísmo porque o motivo é realmente egoísta:
Estar com aquela pessoa para que ELA se sinta bem.</span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><br /></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">(Mateus
S. M. Barros)</span></span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="background-color: #134f5c;"><span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="background-color: #134f5c; color: white; font-family: Tahoma, serif;">Muitas
pessoas se incomodam com uma certa ‘falsidade’ existente em
outras. Falsidade essa que se traduz no comportamento de falar algo
sobre uma determinada pessoa na frente dela, e por trás, na presença
de outra pessoa, falar o oposto. Bom, vamos analisar isto... segundo
a opinião da maioria, esta pessoa possui dois momentos: Um de
falsidade, quando emite a opinião na frente da pessoa, e outro de
falsidade, quando emite o oposto por trás. Eu considero o contrário:
acho que esta pessoa é mais sincera quando me elogia na minha
presença do que quando me pulveriza na minha ausência. Isso porque
não há nada mais genuíno do que uma sensação de alegria e prazer
compartilhado entre duas pessoas. Isso se traduz no corpo, nas
expressões faciais da pessoa; e de tão intenso que se torna o
prazer de estar junto, chega uma hora que esta pessoa não resiste à
tentação de dizer: “polxa cara, gosto muito de você”. Por
outro lado, a opinião negativa emitida na presença de uma outra
pessoa é carregada de significados e intenções outras que tornam o
discurso menos genuíno do que a emoção expressa diante da pessoa
referida no conteúdo do discurso. Muitas vezes, a pessoa que emite
tal opinião admira tanto a referida que se sente inferior diante
dela, ao ponto de precisar falar mal dela para que possa se sentir
mais valorizada pela pessoa que a está escutando, ou mesmo, por si
própria. Isso é um vício constante em pessoas que possuem baixa
autoestima e que não conhecem outra maneira de serem valorizadas a
não ser a de distorcer a imagem das outras.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-color: #134f5c; color: white;"><br /></span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="background-color: #134f5c; color: white; font-family: Tahoma, serif;">03-04-2012</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="background-color: #134f5c; color: white;"><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Novo,
mistério e desconhecido são três ambiente que causam medo e pavor
na maioria das pessoas. Isso porque representam ameaça. Ameaça de
perda, como se algumas coisas que tememos perder fossem realmente nos
fazer falta; ameaça de desestabilização emocional, como se
fossemos satisfeitos e felizes suficientemente, ao ponto de não
desejarmos um pouco mais. Não que desejar mais seja o certo, mas,
se</span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"> </span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">por
acaso isso acontece, não é saudável ficar reclamando das coisas
que faltam na sua vida enquanto você teme enfrentar o medo do novo e
correr riscos. Esse é o melhor caminho para quem deseja algo melhor
para si: superar o medo do desconhecido. Não é um processo fácil,
mas é da condição humana ter todos os mecanismos para isso dentro
de si. Você pode buscar isso através da meditação, do
autoconhecimento, do encontro consigo mesmo. Talvez, a melhor forma
de se dar o pontapé inicial para este caminho seja a de se desapegar
das limitações que o mundo impõe a você, da maneira como ele
mostra o quanto você é pequeno. O mundo não deseja o melhor de
você, mas a sua transcendência e superação podem ser algo muito
inspirador para o mundo.</span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"> </span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"><br /></span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">(Mateus
S. M. Barros)</span></span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="background-color: #134f5c; color: white;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="background-color: #134f5c; color: white;">06-04-2012</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="background-color: #134f5c; color: white;"><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Fazer
escolhas, tomar decisões, podem significar momentos tortuosos na
vida de uma pessoa. A verdade é que toda a sua história é contada
a partir das suas escolhas - até não fazer nada é uma escolha -e
diante delas, as influencias ambientais pouco deveriam significar. O
problema é que sentimos o contrário: o ambiente pesa demais sobre
nossas escolhas, pois sabemos que perdas decorrente delas podem</span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"> </span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">vir
a acontecer. Nessa hora é que somos dominados pelo medo, que
consequentemente irá gerar a indecisão.</span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"> </span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"><br /></span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">A
solução para isto começa a partir da assunção das consequências
que ocorrem em nossas vidas. Afinal, se nossas vidas são tradadas
por nossas escolhas, então porque o mundo nos faz infeliz? O mundo
não tem culpa disso, pois ele é composto de outras pessoas com
outras escolhas a serem feitas. Nada é tão importante que possa
significar uma uma grande perda; e não escolher entre X ou Y por
indecisão pode significar a perda de ambos. A perda já é algo
garantido quando decidimos ficar indecisos, então é não ter medo
de decidir e não dar tanta importância ao que pode ser perder.
Autoconhecimento é sempre único caminho para se identificar
prioridades.</span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"><br /></span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">(Mateus
S. M. Barros)</span></span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-color: #134f5c; color: white;"><br /></span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-color: #134f5c; color: white;">24-04-2012</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="background-color: #134f5c; color: white;"><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Estresse,
mal-estar, raiva, ódio, ira... são peças que nossas próprias
mentes pregam sobre a gente. A vida já não é fácil, então por
que insistir que ela seja ainda pior? Vamos tentar suavizar um pouco
os nossos problemas com a sociedade, enxerga-la de outra forma. Com
um pouco de ironia e senso de humor talvez. Fazer piadas com ela e
com nós mesmos. Quanto mais pudermos suavizar nossos problemas
(talvez colocando-os no seu patamar real ao invés de aumenta-los
demais com nossos pensamentos), melhor será para todos nós.
Poderemos enxergar nossos problemas sem o véu da cegueira
emocional.</span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"> </span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><br /></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">(Mateus
S. M. Barros)</span></span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-color: #134f5c; color: white;"><br /></span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-color: #134f5c; color: white;">21-04-2012</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="background-color: #134f5c; color: white;"><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Tremenda
babaquice da nossa cultura brasileira de classe média: essa
glamourização da malandragem. Isso porque a malandragem é vista e
interpretada de forma romântica por pessoas que pensam que malandro
é aquele cara que conversa muita lorota e pega muita mulher com
isso. Essa visão foi fortemente influenciada por alguns artistas
como Chico Buarque e Diogo nogueira, além de outros sambistas
carioc</span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">as.
O Diogo Nogueira, por exemplo, utiliza a frase “malandro é
malandro e mané é mané” se referindo ao malandro como um cara
que vive comendo e cospindo fora, enquanto que o mané é um cara que
tem metas e planos para se apaixonar por uma mulher e dar a ela uma
vida de conforto. Tem mulheres que adoram isso, mas partem em busca
do oposto, entrando num profundo mar de contradição. Só que o
buraco da malandragem é muito mais embaixo. Esse cidadão malandro
é, na verdade, aquele que anda por aí burlando regras de boa
convivência social, baseadas na confiança e no respeito mútuo. É
o cidadão que engana, que mente, que adota duas caras... tudo isso
para alcançar o seu benefício próprio. Desrespeita as leis
públicas, pois sua esperteza e auto-confiança o colocam num patamar
superior ao sistema. Taí o Carlinhos Cachoeira... maior malandro
brasileiro. Por outro lado, o mané de Diogo Nogueira também atinge
o cidadão de bem; correto, cumpridor das suas obrigações e dos
seus deveres com a família e a sociedade. Ele não se tornou rico
por falta da malandragem, mas é ainda sim é um sujeito esforçado e
merecedor de respeito. Mas cadê o respeito se muitos babacas de
nossa sociedade não veem o seu exemplo? Vamos parar com isso, gente.
Cultuar a malandragem?... Uma pinoia!!!</span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"><br /></span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">(Mateus
S. M. Barros)</span></span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-color: #134f5c; color: white;"><br /></span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-color: #134f5c; color: white;">28-04-2012</span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="background-color: #134f5c; color: white;"><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Todos
queremos amar e sermos amados. O problema é conseguir isso num
universo onde os diálogos ocorrem sempre em primeira pessoa. "eu
sou uma pessoa assim...", "eu sou um tipo de pessoa
assim...", "eu sou...". "Eu, eu eu...; eu sou
mais eu". Todos só querem falar de si, mostrar para o mundo
como ela é, na esperança de ser amanda e, consequentemente,
admirada. O reflexo disto pode ser conferido nas</span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"> </span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">redes
sociais. O pior, é que esse 'eu' que divulgamos por aí é o 'eu'
que idealizamos, não o que realmente somos. A verdade é que não
existe o 'eu'; o que existe, na verdade é 'entre eu e você'. Eu sou
aquilo que você permite que eu seja para você. Em outras palavras,
os seres humanos são o encontro de dois; um fenômeno, aquilo que só
só tem sentido na presença de outro ente que o define como tal.</span></span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="background-color: #134f5c;"><span style="color: white;"><br /></span>
<span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="background-color: #134f5c; color: white; font-family: Tahoma, serif;">21-05-2012</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<span style="background-color: #134f5c; color: white;"><span style="font-family: Tahoma, serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">O
imediatismo é outro mal que carregamos na nossa pobre cultura
ocidental. É tão comparavelmente mal quando o mal da felicidade,
pois sempre nos deprimimos quando nos deparamos com um problema cuja
solução requer um prazo médio e longo. Não percebemos que os
males que estamos colhendo agora foram processualmente se
constituindo através do tempo; muito menos conseguimos enxergar a
nossa participaçã</span></span><span style="font-family: Tahoma, serif;">o
diante desse processo. Olhando para dentro de nós, para nossa
relação com a sociedade, para as decisões que tomamos, passaremos
a nos conhecer melhor... e com isso, poderemos enxergar o futuro como
um caminho que já está sendo percorrido a partir do aqui-e-agora.
Concentremo-nos pois em enxergar a nós mesmos diante de tudo, para
que possamos acompanhar as transforações que vão acontecendo
conosco até a chegada ao caminho desejado. Não haverá sentimento
imediatista que resistirá a isto.</span></span></div>
Mateus Souto Maior Barroshttp://www.blogger.com/profile/17065724417252876588noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2628678517353335900.post-82853575369129890652012-12-14T13:30:00.002-08:002012-12-14T13:31:33.501-08:00Tenha fé, amanhã um lindo dia vai nascer<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhv4RTuE5BKk4u1eUQuyRzzpcTFvaOe3g1aqu8GrV_5VpIeBqcCz7xfRFJ0CqcfgH-552dMl5DJF41LMeA_HKopXsQFMTcD40LZVbS4pxRbZV_aU6v72VbOxFyla93dEo9y8oejExlPBpNG/s1600/george-harrison.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="218" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhv4RTuE5BKk4u1eUQuyRzzpcTFvaOe3g1aqu8GrV_5VpIeBqcCz7xfRFJ0CqcfgH-552dMl5DJF41LMeA_HKopXsQFMTcD40LZVbS4pxRbZV_aU6v72VbOxFyla93dEo9y8oejExlPBpNG/s320/george-harrison.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
(o título do texto é o mesmo nome de um samba muito legal do grupo Originais do Samba. E o texto faz parte do 'desafio escrito' idealizado pelo meu primo Mário Barros, e cujo tema da vez foi "fé", proposto por mim.)</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm; text-align: justify;">
Salve Oxum, salve
Afrodite, salve Neferttite, salve vênus, salve Isthar, salve Juno,
Salve Prende... salve todas vocês, divindades do amor, pois é de
amor que eu mais necessito, e é somente o amor que poderá redimir a
humanidade. Eu, como bom politeísta que sou, amo todas vocês, pois
sei que vocês estão nas coisas belas que amamos (daí incluindo as
coisas feias, pois trazem o belo disfarçado). Desse belo, nasce o
desejo de cuidar, de preservar, e portanto, é seguindo o vosso amor
que chegaremos a uma sociedade onde o respeito, a fraternidade e a
amizade sairão do domínio das coisas ilusórias e se tornarão
reais. Também como bom cristão, sigo com seriedade dois princípios
ensinados pelo grande mestre Jesus: 1) Amai ao próximo como a ti
mesmo, 2) fazei o bem sem esperança de retribuição. Ainda que
seguindo o segundo princípio, não consigo parar de me questionar:
há justiça para os homens bons nessa terra onde se aplica a lei dos
homens?</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm; text-align: justify;">
Com exceção da
ultima frase – onde esse autor que vos escreve chega a questionar
até a sua própria fé – todo o restante do parágrafo foi uma
espécie de encenação de fé; uma demonstração contendo duas
características que eu imagino estarem bem destacadas na fé
brasileira: o pluralismo e hábito de muito se pedir. Pluralismo é
algo bem diferente do meu expresso politeísmo, pois o primeiro diz
respeito à convivência de diferentes religiões dentro de um mesmo
território, enquanto o segundo diz respeito à crença em vários
diferentes deuses por uma mesma pessoa ou por uma população – com
a expansão do mercado religioso, houve uma mudança cultural, de
consciência, em que acreditar em vários deuses passou a ser
concebível, o que antes não era. Já o hábito de muito se pedir,
este sim denota mais o significado da fé, pois só pedimos aquilo
que não possuímos, e tal como a fé, acreditamos em algo do qual
não temos explicação científico/racional. Mais do que explicação,
o hábito de se pedir coisas para uma entidade superior representa
uma das maiores formas de defesa contra a tirania das forças
malignas que operam neste mundo: a esperança. Essa permite
caminharmos em frente mesmo em momentos da vida em que mais perdemos
do que ganhamos. Destaco bem esse ponto porque sei que isso faz uma
grande diferença entre você ser uma pessoa persistente na sua vida,
na sua luta, e você ser uma pessoa deprimida, entregue à
desesperança e à aflição. Isso se a esperança for bem dosada
dentro do ser que espera, pois a melhor forma de se esperar algo
nesse mundo, é que esse algo nasça de dentro de si e para si, e que
não que venha do meio exterior se apresentando para si em forma de
milagre. Esperança e fé para uma melhora pessoal; este é o caminho
da verdade.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm; text-align: justify;">
Acreditar num ser
superior que não pode ser visto com os olhos mundanos é o mesmo que
permitir uma conexão com o cosmos. A existência cósmica só é
possível dentro da noção de unidade, de um UNO, ao qual todas as
outras coisas estão conectadas e entrelaçadas, dando sentido à
existência de cada coisinha em particular. Assim sendo, acreditar no
Deus, na inteligencia, na entidade superior, é sentir que pertences
a toda esta grande obra, que és parte dela e que com certeza, ela
não seria tão perfeita se você não existisse. Os antigos já
tinham essa prática cosmológica; no antigo egito por exemplo, havia
a astrologia alegórica, onde cada astro representava um Deus
diferente e cada ser humano possuía uma constelação que o guiava.
Pensem bem: isso não dá mais sentido às nossas vidas? Claro que
sim. Muito diferentemente da ciência moderna, que diz que existe 25
bilhões de galáxias, e cada uma delas contendo centenas de milhares
de corpos celestes cujo tamanho de cada um deles equivale a 10
sistemas solares. Quem somos nós diante desse infinito universal
senão um peido de Deus? Não tô dizendo que a ignorância seja a
solução para nossos confitos interiores; até porque, afirmar isso
seria o mesmo que dizer que a ciência detém toda a verdade da nossa
existência, quando isto está muito longe da verdade. A fé se
encontra justamente naquilo que a ciência não pode explicar.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm; text-align: justify;">
Ter fé, é
conseguir olhar para o amanhã com esperança, é conseguir projetar
um futuro positivo mesmo que seu passado seja negativo. A fé diante
do desespero e da desesperança é cega, pois pede-se salvação sem
nem ao menos saber o que se está pedindo. Por outro lado, uma pessoa
de princípios morais condizentes com os ensinamentos da sua religião
e coerentes com a sua prática, certamente saberá o que estará
pedindo. E não só pedirá, como também saberá agradecer
humildemente às pessoas importantes na sua vida e ao Deus que este
segue pelos ganhos e sucessos adquiridos no dia a dia. Este é o
verdadeiro homem de fé, digno do nosso respeito, da nossa compaixão
e da nossa amizade, pois nele está o exemplo de que um lindo dia
poderá nascer para nós amanhã. Aliás, essa fé existe dentro de
cada um de nós mesmo que não acreditemos em nada. A esperança não
possui o tempo de vida de uma mosca. Façamos o bem, nos apeguemos a
todos os santos e vamos unir forças, porque 2013 está vindo aí.
Saravá, Salve salve, Axé, Hare Krishna … Namastê !!!</div>
Mateus Souto Maior Barroshttp://www.blogger.com/profile/17065724417252876588noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2628678517353335900.post-85492263275176039612012-03-16T16:17:00.004-07:002012-03-16T16:22:41.090-07:00A mediocridade é uma Coletânea de sucessos.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHPDJJu7uYK1Qd182qJJfIdYHGaEmOMN58_VsaBfT_sODtMcot4O-PxZz5jwbn74AJZiZ8TC5yqAlDg-ydkKg2tRwkkHpB2rW8HRkoqrtHVmHP1INdwycX9DOgQidppN2LaEKF_DkSyC4-/s1600/coletanea%252Bde%252Bsucessos%252Binternacionais%252Banos%252B70%252Bimportado%252Bjundiai%252Bsp%252Bbrasil__23DF71_1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHPDJJu7uYK1Qd182qJJfIdYHGaEmOMN58_VsaBfT_sODtMcot4O-PxZz5jwbn74AJZiZ8TC5yqAlDg-ydkKg2tRwkkHpB2rW8HRkoqrtHVmHP1INdwycX9DOgQidppN2LaEKF_DkSyC4-/s320/coletanea%252Bde%252Bsucessos%252Binternacionais%252Banos%252B70%252Bimportado%252Bjundiai%252Bsp%252Bbrasil__23DF71_1.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5720638244762626402" /></a><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Calibri, sans-serif; "><span class="Apple-tab-span" style="color: windowtext; white-space: pre; "> </span><span>Homenageio, aqui-e-agora (parafraseando Fritz Perls), um velho amigo homonimamente chamado Mateus. Não sei por onde ele anda e nem o que anda fazendo, mas eu desejo todas as coisas boas possíveis para ele. Ele costumava dizer que a “mediocridade é uma coletânea de sucessos”. Isso porque a coletânea de sucessos não traduz a criatividade mais profunda do artista; enquanto ele se lasca pra criar toda uma discografia, uma obra musical (no caso dos artistas musicais), chega um fila da puta qualquer e escolhe vinte músicas de uma obra de mais de quarenta discos desse artista para montar uma coletânea. Mais medíocre ainda seriam os ouvintes que se intitulam conhecedores e adoradores do artista quando só conhecem aquelas músicas inclusas na coletânea. Isso seria mediocridade para mim: conhecer o superficial enquanto se considera um profundo conhecedor; espalhar belos discursos e defender opiniões sobre as quais não se tem profundidade a respeito. É preciso ter o bom senso de perceber a sujeira que se torna cada vez mais os meios culturais por onde você circula, uma vez que as pessoas aprendem cada vez mais com as suas palavras superficiais. Trate de algum assunto que você conhece com profundidade e você sentirá um tratamento diferenciado das pessoas com relação a você. E ainda digo mais, sentirás isso mais intensamente quando puderes casar esse conhecimento com os valores positivos que você tem, tornando-os claros paras as pessoas. Isso porque a humanidade clama por bons exemplos - quando elas não ficam cegas por suas mediocridade, lógico. Seja profundo em assuntos interessantes e relevantes para se conversar, e dê a sua opinião sobre eles; inclua neles os seus valores positivos... enfim, seja uma Obra original, não uma Coletânea. </span><span><o:p></o:p></span></span></p>Mateus Souto Maior Barroshttp://www.blogger.com/profile/17065724417252876588noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2628678517353335900.post-39536494254412371742012-02-01T19:24:00.000-08:002012-02-01T19:46:09.221-08:00AMOR (de novo) ... que porra é isso?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwZLbvTYyQWXTZaxwac84f3a9Ab3V4Du3jttOF2c0bjaj-TM7o4Ebdi7nEX0ati3eT2g98ho9itgt9KvuvbywyS3fNXcmYX_99go2Q3Y0pBSgrOuaSpMx0tiAlaM_ySf8mIkl1Yhocp0T2/s1600/trilha-sonora.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwZLbvTYyQWXTZaxwac84f3a9Ab3V4Du3jttOF2c0bjaj-TM7o4Ebdi7nEX0ati3eT2g98ho9itgt9KvuvbywyS3fNXcmYX_99go2Q3Y0pBSgrOuaSpMx0tiAlaM_ySf8mIkl1Yhocp0T2/s320/trilha-sonora.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5704374769661655826" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:36.0pt"></p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 36pt; "><span >Esse é um tema bem recorrente em textos meus deste desenfreado blog; mas como se trata de um tema proposto por Daniel Násser – que entrou na brincadeira Desafio Textual, idealizada pelo meu primo Mário Barros – vale a pena dissecar um pouco mais sobre o devido assunto. Continuo repetindo que Amor é um termo bastante vago no dicionário brasileiro, podendo ele significar coisas algumas como: afeição, compaixão, misericórdia, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc. Também é muito variado os contextos em que o amor se manifesta: Relação sexual, atividades diversas (profissional, ocupacional, hobbies, etc.), relações de amizade, relações familiares, religiosidade, gestos de caridade, e novamente ... etc.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 36pt; "><span > <span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span>São tantos etc.’s que eu fico perdido ao decidir sobre que tipo de amor irei dissertar. Dúvida rápida e passageira, pois sempre acabo por decidir falar sobre o amor mais evidente e problemático de todos: o amor sexual... esse que é constantemente confundido com paixão. Desde que comecei o meu blog que tenho ousado falar deste tipo de amor sem tanta propriedade, pois nessa minha atual existência – que neste ano celebram trinta anos – ainda não tive a bênção de vivenciá-lo enquanto experiência real, vivida e confirmada. Penso nele todos os dias quando estou só – na cama, na rede de balançar ou diante da janela virtual do facebook – ou em público – quando vejo casais se beijando nas baladas. Nunca tive talento para conquistas. Conquistei algumas garotas sem muito esforço, pois não foram aquelas que eu queria. Quando eu me interesso por alguma garota, alguma coisa sempre dá errado, e essa sempre tem sido a minha sina. É por esse motivo que não tô tão motivado para falar de amor agora... prefiro usar essas delongas apenas como enchimento de linguiça, cuja finalidade é bater a meta do desafio proposto por Daniel Nasser. Por sinal, estou atrasado, já deveria ter postado essas bobagens a três dias atrás.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 36pt; "><span ><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span>Bom, acho que o amor dos casais (o dito amor sexual) só pode ser considerado amor quando a etapa da paixão é superada. Paixão é a primeira etapa da formação de um casal, e como tudo mundo já sabe disso, não adianta explicar demais. É quando os sentimentos em relação ao outro são intensos – promessas de que o relacionamento irá durar. Tudo é intenso: a atração, o tesão, o ciúmes (até os sentimentos negativos entram), as identificações, e blá, blá, blá. Só sei disso na teoria. Já o amor, pode-se dizer que ele começa quando as intensidades diminuem, dando lugar a sentimentos mais nobres e duradoudos: Companheirismo, compreensão, cumplicidade... e a velha identificação. É quando um casal passa por crises; porém, diante destas, percebe que é melhor manter a relação do que se afastar, pois a partir dela, conseguiram criar um modo de vida a dois. É quando se assemelha, em alguns aspectos, ao amor de pai e mãe, considerando o modo de vida ao lado deles que por eles foi proporcionado. Acho que esse amor existe nos dias de hoje, mas é muito frágil, quando vivemos numa sociedade de consumo que dá uma nova lógica às relações a dois: qualquer pessoa do sexo que lhe atraia, seja ela anônima ou conhecida, pode representar uma possibilidade de relação, não importando mais o seu status social, etinia, idade ... basta apenas que ambos os lados queiram que haja a relação. Assim sendo, o que significa você optar por uma pessoa para ser o seu parceiro? Significa excluir todas as outras opções. É um peso muito grande.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 36pt; "><span ><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre; "> </span>Ano passado teve o caso de uma tia minha que se separou do seu marido porque sentiu que o amor havia acabado. Na verdade, não foi o amor, foi a atração sexual. A relação deles durou 23 anos. O mesmo aconteceu com uma amiga minha, no final do ano passado. Depois de quatro anos de relacionamento, ela percebeu que não sentia a atração que sentia antes pelo seu parceiro. O interessante desses dois casos é que o motivo pelo qual as duas mulheres deixaram de sentir desejo sexual pelos seus parceiro foi o mesmo: os parceiros se acomodaram nos seus modos de vida, deixando a ambição de lado, e, consequentemente, permitindo o esvanecimento do sentimento de admiração que as mulheres sentiam por eles. Tem algo de muito significativo nisso: Além da beleza física (principal elemento da atração), há um forte conteúdo de ordem ocupacional que despertam o interesse das mulheres em relação aos homens. Mas isso é pano para uma outra discussão. Por hora, acho que o amor é isso. Xau. </span><span > </span></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:36.0pt"><br /></p>Mateus Souto Maior Barroshttp://www.blogger.com/profile/17065724417252876588noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2628678517353335900.post-63184039077726702542011-12-28T21:25:00.000-08:002012-01-20T21:20:22.001-08:00Nostalgia e Reggae<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLblgMSWe0qH_9Q-qAQR2y4uxXvg1g1JdFCHTPP4KGI8_EuBEok9deXH9agCdREJ1YFUaAI9-PMva1uv1DI8JzMkoAgMSCPrkp4NXfkTJ9hiuDJyVAiyLw6djQGjZMg6bwS3-5ioTazvmL/s1600/Os+Karetas+-+1982+-+Arte+Para+LastFM.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLblgMSWe0qH_9Q-qAQR2y4uxXvg1g1JdFCHTPP4KGI8_EuBEok9deXH9agCdREJ1YFUaAI9-PMva1uv1DI8JzMkoAgMSCPrkp4NXfkTJ9hiuDJyVAiyLw6djQGjZMg6bwS3-5ioTazvmL/s320/Os+Karetas+-+1982+-+Arte+Para+LastFM.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5691423158463350034" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhR4XtkC63iHYcqlA3NFczP5bIfgwN0gA6Swg1B20JmEVk_Q3EyoQ1BMLv3tkX1GtJ8VdNkdSUouVx1Kb9of6xfNcsTNx8Ne5sSgup2byj9T3G3J5mN07FCByCnUDU7rmuI8tXw_CUNM1OV/s1600/the.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 318px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhR4XtkC63iHYcqlA3NFczP5bIfgwN0gA6Swg1B20JmEVk_Q3EyoQ1BMLv3tkX1GtJ8VdNkdSUouVx1Kb9of6xfNcsTNx8Ne5sSgup2byj9T3G3J5mN07FCByCnUDU7rmuI8tXw_CUNM1OV/s320/the.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5691422504073557186" /></a><div><div style="text-align: center;"><span><u><br /></u></span></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:36.0pt"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Calibri, sans-serif; " >Já chega, desta vez passei tempo demais sem escrever. Bati o recorde de preguiça e me acomodei no conforto angustiante das redes sociais enquanto não transformava uma gota de pensamento em palavras. Vamos ver agora como anda o meu pique. Mas agora o clima é mesmo de paz e conforto; pois após um período de letargia mental que se apossou de mim devido a uma nuvem negra que pairou sobre a minha cabeça em novembro, eis que chega dezembro em clima de retrospectiva de um ano que se vai. Ao invés de retrospectiva, algumas pessoas como eu preferem recorrer a recordações mais antigas, o que dá vazão a um sentimento ambíguo, provocador de prazer e desprazer ao mesmo tempo: a nostalgia. Tal sensação diz respeito ao prazer de reviver algo que já foi felizmente vivido, e, também, ao desprazer de cair na consciência de que este tempo não volta mais. É uma espécie de sentimento pelo irreal, por imagens que permanecem apenas na memória em contraste com uma realidade cujas imagens apenas deixaram marcas. Talvez a época do natal remeta um pouco à nostalgia de forma arquetípica, pois na data dele, comemoramos o aniversário do nascimento do nosso grão mestre, que há séculos não vive mais entre nós, mas que paira no nosso inconsciente coletivo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:36.0pt"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Calibri, sans-serif; " >Minha prosaica sintonização com a nostalgia aconteceu em peso quando, por acaso, resolvi utilizar os artifícios cibernéticos para encontrar uma canção que tocava frequentemente nas sintonias radiofônicas de Pernambuco, em um período remoto da minha vida. A melodia não saia da minha cabeça, mas a única parte da letra da música que minha memória conservava era uma simples frase que dizia: “Vento norte, protetor... vento norte, tradutor... justiceiro, bendito, ensina a viver nesta terra carente de paz e amor”. Nem sabia qual o grupo que tocava; mas o Google com a sua infinita eficiência localizou rapidamente os autores: o grupo chama-se “Grupo Karetas”; e o nome da música... “vento norte”. Trata-se, na verdade, da primeira canção de Reggae gravada em Pernambuco (no ano de 1983), e, portanto, a primeira inserção do estilo no dito estado do Brasil – vale ressaltar que tal fenômeno antecedeu outro ainda maior: a invasão do Reggae no estado do Maranhão, que só aconteceria lá pelos idos de 1987. Em poucos estantes, estava lá eu me deliciando com o tal vento que vinha do norte e entrava pela janela da minha antiga casa, situada na Rua Capitão Sampaio Xavier, no bairro dos Aflitos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:36.0pt"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Calibri, sans-serif; "><span >Tal recuo ao imenso prazer que presenteia a nostalgia me motivou a procurar saber um pouco mais sobre Reggae; adentrar um pouco mais na sua história, seus primórdios. Seu surgimento ocorreu na Jamaica, em meados de fim da década de 60 – período de mudanças culturais ocorridas, paralelamente, em diversos países da américa e da Europa, atingindo o campo das artes com inovações ousada na busca por novas formas. Fusões de estilos musicais que culminavam em um novo estilo eram bastante frequentes; e nesse aspecto, o reggae surge a partir de uma fusão do Rocksteady , o Ska e o Skank. Menos original (porém genuíno) eram as mensagens que as canções de reggae carregavam e carregam até hoje: paz, amor, liberdade e contra as guerras (assim como outros movimentos da contracultura que surgiram como protesto contra guerras como a do Vietnã). Tal mensagem hoje é bastante confundida por maconheiros e porra-loucas que cultuam o reggae como uma extensão das suas lisergias. Ao longo dos anos, alguns pequenos incrementos rítmicos foram inclusos no reggae; porém, tal acontecimento hoje é vitima de resistência por parte dos amantes do reggae que preferem o formato Roots (denominação carinhosa dada ao Reggae de raíz). Isso reflete uma tendência do reggae a ser conservador; e como consequência disto, não somente os amantes do estilo cultuam nomes clássicos como Bob Marley e Peter Tosh, como as próprias bandas que surgem e fazem sucesso entre o público, não apresentam sequer uma inovação musical. Essa preferência pelas raízes da coisa não tem muita semelhança elementar com a nostalgia, mas os termos que os definem se aproximam bastante: Se nostalgia significa reviver (regressar mentalmente a...) uma época que se passou, e raízes está relacionado a origem (algo situado no passado), então, nostalgia e reggae tem tudo (ou muito) haver. E por falar em roots e raíz (a mesma coisa), fui atrás de assistir ao filme “The Harder They Come”, de 1973, estrelado por Jimmy Cliff, um dos patronos do reggae. Nada mais raíz que este filme, que foi um dos principais responsáveis pela divulgação do Reggae fora da Jamaica. Sua história é banal, mas sua trilha sonora é gostosa e nostálgica... um personagem à parte. O reggae é pura nostalgia. </span><span ><o:p></o:p></span></span></p></div>Mateus Souto Maior Barroshttp://www.blogger.com/profile/17065724417252876588noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2628678517353335900.post-90553151960624068902011-12-29T20:32:00.000-08:002012-01-20T21:19:28.887-08:00um ano sem tio Benito<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6dIKhd7udgGMTKREHv1wcHK2-tls1QShnuLVFP1Ohvlm6Aqc7OZjiQM1lV4E2rZRU2JpiiERwc6-LXc3tySp1BYAOfLhSyzHCbXUItFCtRjWEsJk8APp1orou6-DkUKGIi0kywpsHPfC_/s1600/benito.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6dIKhd7udgGMTKREHv1wcHK2-tls1QShnuLVFP1Ohvlm6Aqc7OZjiQM1lV4E2rZRU2JpiiERwc6-LXc3tySp1BYAOfLhSyzHCbXUItFCtRjWEsJk8APp1orou6-DkUKGIi0kywpsHPfC_/s320/benito.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5691776636600024002" /></a><br /><p class="MsoNormal" style="text-indent:36.0pt"><span style="font-family:"Calibri","sans-serif"; color:windowtext"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-indent:36.0pt"><span ><span style="font-family: Calibri, sans-serif; ">E para terminar mais um ano de Blog, um texto sobre tio Benito encomendado por Daniel Nasser, que atua no blog Sub Rosas (</span><a href="http://subrosa13.blogspot.com/">http://subrosa13.blogspot.com</a>) e que fez uma homenagem para ele depois de um ano de sua morte, reunindo textos de diversas personalidades da cidade Macau, sobre a figura que foi Benito Barros... </span></p><p class="MsoNormal" style="text-indent:36.0pt"><span ><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-indent:36.0pt"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; text-indent: 36pt; " >"Não é fácil abrir mão de palavras sobre Benito Barros, mas já se que se trata de um pedido originado dos sentimentos de um amigo meu e conterrâneo do homenageado, eis que acendo o pavio. Convivi muito pouco com ele, pois apesar de ser meu tio, vivemos em lugares diferentes: ele em Macau e eu em Recife. Não que a distância física determine a distância espiritual, a não ser quando cada um dos entes possui um sentimento especial pela sua terra. Ele soube expressar esse sentimento melhor do que eu tô tentando, mas nada como boas referências para desenvolver tal atitude. Seu material a respeito da sua cidade interessa a estudiosos de várias áreas acadêmicas: Sociólogos, antropólogos, engenheiros, linguistas, filósofos, geógrafos, historiadores, teólogos, cientistas políticos, e por aí vai... basta que eles possuam Macau como tema de referência.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; " > Mas prefiro aproveitar essas breves linhas para tratar da pessoa dele segundo a minha perspectiva parental. Minhas lembranças remotas de tio Benito advindas do meu período de infância - aquelas que podem definir com a máxima sinceridade possível – remetem a um cara que falava alto e grosso, mas que afinava a voz quando bebia: um cara ativamente mal-humorado em tensa sobriedade e alegre em solene embriaguez. Assim como eram seus estados de embriaguez eram seus momentos de ressaca, quando ele, anarquicamente, resolvia interferir nas brincadeiras dos meus primos (coincidentemente, seus queridos sobrinhos). Lembro de uma vez que nós estávamos tentando fazer um filme com uma daquelas câmeras antigas (meados dos anos 90) de VHS, e ele teve o atrevimento de atrapalhar as cinco cenas do nosso carinhoso projeto cinematográfico (ambientando no paraíso tropical de barreiras). Também me lembro das pescarias no mar, onde caminhávamos raios de metros mar seco adentro em busca de carangueijo, ou somente para olhar a diversidade biológica do mar. Lembro-me do seu iate, na maioria das vezes, estacionado na praia, onde servia mais como bar do que como barco de pesca.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; " > Quando criança, meu contato com Tio Benito era mais frequente por causa das férias. Na adolescência, devido à moratória requisitada pela idade, as opções de ser e estar eram diferentes daquilo, e a cidade Macau começou a parecer mais distante. Assim como foi com a cidade, foi meu contato com Tio Benito, que raras vezes saía de lá. Mas meu pai e meus tios e tias sempre mantiveram contato com ele, que adorava receber boas notícias dos sobrinhos. Eu percebia que ele gostava das produções artísticas dos sobrinhos: vide sua admiração pela banda Incredible Scroobs (do meu primo Paulo) pelo meu Maracatu, desenhos do meu primo Mário, e outras coisas mais. Há cincos anos que eu levei meu maracatu para se apresentar em Macau para desfilar na campanha do candidato Eduardo Lemos em uma eleição para prefeito que aconteceu extraordinariamente em janeiro. Fomos muito bem recebidos por Tio Benito: Ficamos hospedados na sua casa e ao final, ele presenteou cada um dos meus batuqueiros com um vinho chileno o qual eu não me recordo o nome (tratamos de degusta-lo o quanto antes). <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-indent:36.0pt"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; " >Ele vibrou muito em nossos desfiles pela cidade. Minha última lembrança dele foi no aniversário de 80 anos de vovó Terezinha. Ele estava sentado do lado de fora do salão, onde ele poderia fumar e beber o quanto quisesse. Passei uns quarenta minutos conversando com ele; e dessa conversa, eu me lembro dele dizer que estava preocupado com a situação dos jovens em Macau, que estavam - em considerável número – se afundando na dependência química (mais especificamente do crack). Também me lembro dele recitar um discurso em forma de poema sobre vovó, tão brilhante e emocionalmente estoico como ele sempre foi. Termino este texto da mesma desejando que a eternidade seja um bom lugar para ele (Deus deve ter precisado dele como secretário geral do Universo, pra tê-lo levado assim tão de repente), e tal como a eternidade seja o eco da pronúncia de seu nome na cidade de Macau e nas próximas gerações da família Barros."<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-indent:36.0pt"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; text-indent: 36pt; " >Feliz 2012 para todos...</span></p><p class="MsoNormal" style="text-indent:36.0pt"><span style="font-family: Calibri, sans-serif; text-indent: 36pt; " >Nunca percam as esperanças!!! </span></p>Mateus Souto Maior Barroshttp://www.blogger.com/profile/17065724417252876588noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2628678517353335900.post-4793090712752095202012-01-20T21:00:00.000-08:002012-01-20T21:13:27.683-08:00Preconceito<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnkcjF72pZOLCPA2d5TYIPy_p6yw5POEORv0CZF2ErbqdkQ4e1iFf2L_zkEAurrNEYBnpo3Q9iymQuylo31PK-MPAVgle1ZccqEwtgasU-IwlZsOGa2uUL9os-eMX9e_spgs3Cx-RfY3Si/s1600/modelo-gordinha-300x300.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnkcjF72pZOLCPA2d5TYIPy_p6yw5POEORv0CZF2ErbqdkQ4e1iFf2L_zkEAurrNEYBnpo3Q9iymQuylo31PK-MPAVgle1ZccqEwtgasU-IwlZsOGa2uUL9os-eMX9e_spgs3Cx-RfY3Si/s320/modelo-gordinha-300x300.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5699945929269591170" /></a><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Arial, sans-serif; " >Bem, aqui estou, sentado diante do universo de onde pareço ter nascido, pronto para mais uma elaboração sem – ou talvez cheia de – paralelos. Hoje o tema é... “preconceito”. Esse daí surgiu a partir de uma brincadeira saudável proposta pelo meu primo Mário Barros, onde um de nós dois lançamos um tema por semana, e a partir disto, cada um elabora o seu texto. Na ocasião, foi a minha vez de lançar mão do tema, e a primeira palavra que a minha mente criativa me presenteou foi: Preconceito. Então vamos lá. Sabe quando você cruza com uma pessoa desconhecida na rua, festa, novo emprego... onde quer que você esteja? Pois bem, não se trata apenas de ‘mais um desconhecido’. Trata-se do NOVO. Universo inexplorado, e que por ser isto, poderá te afetar de várias maneiras. Só que nunca estamos preparados para o impacto do Novo (universo inexplorado) em nosso Self. Ou, melhor dizendo, nunca estamos seguros quanto à imunidade do nosso Self frente ao impacto do novo. Logo, que outra reação a chegada desse Novo pode nos causar a não ser uma específica: o Medo? Medo de nos desestabilizar; medo de escorregar diante desse misterioso novo a ponto de passarmo a olha-lo de baixo para cima. Em seguida, vem as reações contra este medo, aquelas que caracterizam o preconceito na maneira como o conhecemos: discriminação, rejeição, crítica, aversão. De uma forma geral, tais reações sucedem uma análise bastante superficial da maneira como a pessoa se apresenta, levando em conta apenas a sua imagem. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Arial, sans-serif; " > Esta pequena e resumida explanação (qualidade textual que não se trata de novidade para aqueles que já estão habituados a ler meu blog) apenas sugere aquilo que me propus a colocar como ideia central para este tema: O preconceito é muito mais do que discriminação racial, sexual e social. É, também, mas vai muito além; e como ilustração disto, basta prestarmos atenção a outros tipos de discriminação que ainda não chegamos a levar para o plano das discussões de idéias. Existe preconceito contra gordos, conta fumantes, contra pessoas de meia idade, etc., etc., etc. Nunca vi um gordo feliz com a sua imagem refletida no espelho; e muito menos, um gordo transitar pelo social isento de críticas por parte de outras pessoas quando aos seus dotes físicos. E os fumantes? Já foram mais felizes um dia, quando a sociedade não correspondia aos padrões politicamente corretos da saúde e eles podiam fumar o quanto quisessem em bares e restaurantes. Pessoas de meia idade? Essas última tem voz e atitudes dignas de respeito num mundo globalizado onde se valoriza apenas o espírito e a aparência jovem? <o:p></o:p></span></p> <span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Arial, sans-serif; " ><div style="text-align: justify; "><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; "> </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; ">Modelos de discriminação a parte, eu ainda creio que o preconceito vá além disto. Basta que se saiba que preconceito, etimologicamente, é o mesmo que ‘conceito-pré’, atribuições deste quando este ainda sequer existe. Atribuições podem ser juízos, comparações, análises, sínteses, tudo aquilo que corresponde a atividades subsequentes ao axioma aristotélico. Só que, no caso do preconceito, utiliza-se disso tudo sem a presença do conceito, aquele elemento do conhecimento que poderia validar todas essas atividades de modo ampliar o próprio conhecimento. Em outras palavras, preconceito é burrice mesmo. Falta informações para se julgar, para se chegar a conclusões – coisa que só seria possível com a participação do conceito. Agora eu pergunto: Preconceito existe somente para julgamentos negativos? Não! E ainda dobro esta resposta, pois o preconceito não existe para julgamentos positivos e negativos... Ele é o resultado da presença de um sobre o outro. Tomemos a imagem como um imperativo: Para que existe um modelo de ser humano a ser discriminado, é preciso que exista outro a ser bastante aprovado. É como uma seleção de empregos para vendedores, onde o emprego já está previamente garantido para a aquela loira alta e gostosa, deixando as pobres concorrentes frustradas. O modelo ideal tá lá para ser julgado e discriminado tal qual o modelo negativo. Nem um dos dois foram explorados em seus conteúdos mais essenciais; a imagem falou por si só. E assim termino este texto. Feliz 2012 para todos, e que esse ano seja muito bom para todos vocês; Vamos ser inteligentes e explorar todos os conceitos possíveis; Não tenham medo do novo; Queira conhecer um pouco mais daquele que se apresenta diante de vós!!! Até a próxima. Tchau. </span></div></span>Mateus Souto Maior Barroshttp://www.blogger.com/profile/17065724417252876588noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2628678517353335900.post-65174883665008598652011-10-05T20:31:00.000-07:002011-10-05T20:41:08.876-07:00Rock In Rio... e o seu personagem principal: o Rock.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwfHC8JbHqvSk5aCdjjeZWdhfgpovBJqx60drhcsCwzgbZ6xgubpe_7ahY3h-d-rOr4Zy-9GHV9l-3Zcu9UOvptDYf0wMt1JNy3E2wC3g9UWOFYpAIzw2lgOZ3Iei308CaxRBoY5J72eOl/s1600/Rock_in_Rio_2011.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 237px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwfHC8JbHqvSk5aCdjjeZWdhfgpovBJqx60drhcsCwzgbZ6xgubpe_7ahY3h-d-rOr4Zy-9GHV9l-3Zcu9UOvptDYf0wMt1JNy3E2wC3g9UWOFYpAIzw2lgOZ3Iei308CaxRBoY5J72eOl/s320/Rock_in_Rio_2011.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5660217470296607074" /></a><br /><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%">Caros amigos, a esperança de me verem publicando algo novo é a última que morre em vocês. Se caso for verdadeiro a sensação de falta, deixem que eu toque meu projeto para frente; e que cada novo texto seja composto de gratidão a vocês ao invés de esfarrapadas desculpas. Muitos temas deixei passar, talvez por falta oportunidades de me ver livre em mente para produção de algo genuíno. Nada mais oportuno como a celebração de um ritmo musical que definiu toda uma cultura a partir da segunda metade do século passado e influenciou gerações posteriores na medida em que ele ia se desenvolvendo: o Rock’n’Roll. A oportunidade encontrada não poderia ser outra se não a realização de um evento de grande porte – o Rock in Rio – que de antemão, visaria a celebração deste fenômeno tão marcante para a cultura juvenil do século XX. No domingo passado encerrou-se a sua quarta edição: o Rock In Rio 2011. Tal evento aconteceu em sete dias, intercalados nos períodos de dois finais de semana consecutivos. Foram sete dias de muitas atrações nacionais e internacionais e um espaço físico cuidadosamente arquitetado segundo a temática Rock, o qual foi batizado de Cidade do Rock. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%"><span> </span>Acompanhando o evento pela televisão, eis que me comporto como um espectador eufórico e incapaz de fazer uma análise fria sobre fatores envolvidos numa dimensão tão grande<span> </span>de articulação corporativa. Isso porque qualquer influência negativa em relação à realização do evento torna-se facilmente ignorada já que a atração principal era uma só: o rock. <span> </span>Nenhuma outra atração contida na programação que não correspondesse a este estilo musical (e que estaria presente no evento visando uma maior venda de ingressos) poderia ofuscar esta percepção de um ouvinte apaixonado por batidas escandalosas acompanhadas de guitarras distorcidas. Nem os problemas burocráticos e corruptos poderiam impedir a sua realização, já que ele agora se manifestava em sua quarta edição, com presença tão forte quanto as das edições anteriores; e que devido ao longo espaço de tempo entre as suas realizações, acabou por coincidir com momentos importantes da história do Brasil. Só para citar um exemplo: a primeira edição do Rock In Rio aconteceu no período de abertura democrática do país, em plena eleição de Tancredo Neves. Tal fato foi festejado no momento dos shows, o que não poderia deixar de ser, já que a cultura do rock está subjetivamente relacionada com o espírito revolucionário e libertário dos jovens desde a década de 60. E por falar em década de 60 e em espírito revolucionário, não podemos nos esquecer do festival Woodstock, realizado em 1969 no interior dos Estados Unidos. Aquele evento grandioso e cheio de falhas em sua estrutura ficou marcado na história como um grito juvenil contra a guerra do Vietnã que naquele momento acontecia. Uma celebração da paz e do amor em forma de música, mesmo que equivocadamente acompanhado de muito consumo de drogas e sexo inseguro. Tudo isto ilustra um pequeno – e talvez bobo, não sei bem em que medida – fato: o rock dita comportamentos, pensamentos e atitudes para os jovens. Produziu fortes subjetividades em outras épocas, e os grandes festivais nada seriam se não fosse a matéria-prima de sua idéia: Rock, Rock, Rock... and Roll.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%"><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span>Há muita coisa a ser dita de um modo geral quando o tema é rock’n’roll. Afinal são 60 anos de muitas bandas, inovações no estilo, movimentos estéticos e por aí vai. Só para ilustrar, desde que o rock deixou de ser somente rock, vários subgêneros foram criados: Album Rock, Glam Rock, Rock Progressivo, Hard Rock, Heavy Metal, Punk Rock, Grunge, New Metal; e porque não Pop Rock? Cada um desses subgêneros de rock possuiu a sua forma única de compor e se expressar, bem como símbolos específicos adotados pelos seus apreciadores, todos jovens adolescentes e adultos jovens. Há os que não curtiam rock e que o discriminavam, dizendo que era tudo igual e que a batida não mudava apesar das inovações, tornando-o limitado. Há os preconceituosos mais radicais, dizendo que é só barulho (aludindo somente aos subgêneros do heavy metal). De fato, o rock é mesmo limitado, considerando que a sua base musical é composta apenas de guitarra, baixo, bateria e voz; mas isso não impediu que o rock surpreendesse em termos de criatividade e inovação. O que se mantém<span> </span>comum a todos os seus subgêneros talvez seja a mais fantástica experiência subjetiva de se cultuar um um estilo de música: quem gosta de rock, geralmente gosta muito mesmo; e não se contém quando dá vontade de gritar e de se mexer. Aos meus leitores, desculpem se me comportei como uma Gruppie apaixonada. Mas é que, do Rock, eu sou isso mesmo.<o:p></o:p></span></p>Mateus Souto Maior Barroshttp://www.blogger.com/profile/17065724417252876588noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2628678517353335900.post-75021380192254794422011-07-02T01:33:00.000-07:002011-07-02T20:44:21.580-07:00Qualidade de vida e um grão de arroz do pensamento oriental<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2m6i6nZYYOaa3hWCwyIhGBHgKuNx98Dfnbye9lHeT7ghEJkb9RhmLo5mJQxlJ7Xo1lTIA9SbOt71J0vANIwOJkLddLN7TXlOKCG58_xYJO6G0KvskL4-c3_UUyvgIvDqpmsp4pglWmKVU/s1600/muralg.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 242px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5624671236351437554" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2m6i6nZYYOaa3hWCwyIhGBHgKuNx98Dfnbye9lHeT7ghEJkb9RhmLo5mJQxlJ7Xo1lTIA9SbOt71J0vANIwOJkLddLN7TXlOKCG58_xYJO6G0KvskL4-c3_UUyvgIvDqpmsp4pglWmKVU/s320/muralg.jpg" /></a><br /><br /><br /><br /><div><br /><br /><br /><br /><br /><p style="TEXT-INDENT: 36pt; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 115%"><span style="font-family:arial;"><span >Só mesmo uma noite de insônia pra me fazer tocar pra frente esse blog. Me sinto bem quando escrevo, porém, não tenho encontrado tanta disposição para tal. Não chamo de preguiça, mas sim de resistência; pode soar redundante, mas creio que não, devido à denotação do segundo termo que se refere a algo que tende a persistir com o tempo. Assim sendo, escrever passa a ser um exercício não só da mente mas também do espírito, que luta contra a ameaça de ter seu movimento congelado no tempo e de presentear o corpo com a sensação de morto enquanto vivo. Mas já que estou com insônia, é sobre qualidade de vida que irei falar. <!--?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /--><o:p></o:p></span></span></span></p><span class="Apple-style-span" ><br /><br /><br /><br /><br /></span><p style="TEXT-INDENT: 36pt; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 115%"><span style="font-family:arial;"><span >Já tendo todos os leitores – não só meus, mas de todas as mídias possíveis -<span> </span>uma noção breve sobre qualidade de vida, sinto que podemos começar relacionando o tema com a busca pelo prazer. Que tipo de prazer você costuma cultivar no seu dia a dia? Pequenos prazeres? Bater um prato de arroz com feijão e bife quando se está verdadeiramente com fome? Ouvir música de um repertório preparado por você mesmo e gravado no aparelho celular? Assistir novela, depois um jornal, depois outra novela e depois um filme? Navegar na internet em busca de interesses próprios enquanto conversa com amigos, colegas, conhecidos e paqueras no chat? Transar com a(o) parceira(o)? Fumar cigarros? Fumar um cigarro depois de transar com a(o) parceira(o)? Êh.... vida besta e boa, que de tão boa, não merece a inveja de ninguém. Será isso mesmo? Eis que entra em cena um tema que, uma vez personificado em forma de ator coadjuvante para o enredo deste texto, dispensaria apresentações:</span><span style="color:#ffcc00;"> </span><span >qualidade de vida</span><span style="color:#ffcc00;">.</span><span > É uma palavra chave constante nos artigos científicos das ciências humanas e da saúde ocidentais, que buscam instigar a sociedade a reagir contra os danos causados pela modernidade em suas vidas. Politicamente, é uma palavra de ordem; e midiaticamente, é um termo vulgar que se traduz na busca individual pela saúde e bem-estar.Mas por que entra em cena logo este tema? Porque pensar em qualidade de vida e se entregar à busca dos prazeres que a sociedade nos ensinou a olhar com tal não fazem parte de uma mesma proposta. Na verdade, até faria, uma vez que a qualidade de vida envolve, também, o nosso bem estar interior; porém, as consequencias trágicas que a busca por estes prazeres anunciam faz com que nos comportemos diantes dele fazendo jus à teoria do nosso querido Leon Festinger: A teoria das Dissonâncias Cognitivas. Mas não vou falar sobre esta teoria agora... saibam apenas que ela diz respeito a uma situação de extrema oposição entre pensamento e comportamento. </span></span></span></p><span class="Apple-style-span" ><br /><br /><br /><br /><br /></span><p style="TEXT-INDENT: 36pt; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 115%"><span style="font-family:arial;"><span >Recentemente, caiu em minhas mãos um livro que trata exaustivamente sobre este tema. Trata-se de uma organização de artigos sobre a promoção da qualidade de vida em crianças e adolescentes com situações de saúde física e mental comprometidas: portadoras de Autismo, Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, Vulnerabilidade Social, Pais separados, Violência na família, e outras mais. Cada artigo apresenta uma metodologia específica para a promoção da qualidade de vida, o que implica em não alterar a idéia central do que vem a ser qualidade de vida: A adoção de perspectiva, por parte dos sujeitos, sobre o seu bem-estar biopsicossocial. Significa algo mais do que simplesmente olhar para a qualidade da sua vida como um valor primordial; mais do que isso, implica o alcance de uma consciência corporal da sua saúde e bem-estar de modo que ela não exista somente na ideia, mas que faça parte do seu modo de vida por completo. Parece algo simples quando expresso com entonação poética, o que não é o caso da promoção da qualidade de vida. Promover a danada significa criar meios para o desenvolvimento da autonomia do sujeito, coisa que muita gente sã não consegue em toda a sua vida. Significa assumir a inteira responsabilidade pelo seu destino, pela sua história que, apesar das circunstancias ambientais, só pode ser escrita por você. É o objetivo a ser alcançado nos trabalhos de psicólogos, pedagogos, assistentes sociais, terapeutas de todas as linhas. É o que nos emprega, o que nos sustenta, e nenhum lugar melhor para abraçar profissionalmente a esta demanda do que todo o nosso mundo ocidental.<o:p></o:p></span></span></span></p><span class="Apple-style-span" ><br /><br /><br /><br /><br /></span><p style="TEXT-INDENT: 36pt; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 115%"><span style="mso-spacerun: yes" ></span><span style="font-family:arial;"><span><span class="Apple-style-span" >Me refiro ao mundo ocidental por ser próprio dele a idéia<span> </span>de que somos vítimas de um mundo globalizado que oprime a nossa singularidade. Ainda estamos presos ao paradigma cartesiano que muito contribuiu para isto, e que nos faz perceber o mundo e a nós mesmos como coisas distantes umas das outras. Para pensamento deste tipo, não somos nada diante da grandeza do mundo, e portanto, nossa vida não passa de um peido de Deus. Já os orientais, com a sua belíssima filosofia milenar, vêem a natureza e o homem como entidades intimamente relacionadas. O taoísmo fala que a natureza possui um fluxo natural igualmente a nós, mas que não o percebemos devido um certo desapego com nós mesmos. Nem me adianto em falar muito sobre isso, pois o maior mestre do Tao, por exemplo, diz que o Tao não pode ser explicado, apenas sentido por cada um de nós. É uma busca interior, que só depende de si mesmo e por si mesmo. Cabe-nos pensar: "até que ponto conseguimos praticar isto?" A meu ver, este caminho é a chave para se alcançar a qualidade de vida, e o trabalho dos profissionais os quais me referi diz respeito a criar condições para que o sujeito possa se desenvolver interiormente. Não é a toa que as terapias holísticas estão em alta.... elas trazem a bagagem do pensamento oriental, o que para muitos significa uma luz num fim do túnel. Só devemos, também, ter cuidado para não vulgarizar o conhecimento trazido por estas práticas que, apesar de soarem como novidades para nossos olhos e ouvidos, são na verdade a origem do equilíbrio mental e espiritual de toda uma sociedade.</span><span class="Apple-style-span" ><o:p></o:p></span></span></span></span></p></div>Mateus Souto Maior Barroshttp://www.blogger.com/profile/17065724417252876588noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2628678517353335900.post-84473339123381648202011-05-17T21:07:00.000-07:002011-05-17T21:15:51.127-07:00Primavera no mundo árabe<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJxNXtKhs38uBNZdO55LHkzvtfgDxjRmLAyrv0n9OaKr1QjpJjAy-0-MR22xhV9GORXfSfJXfmNTlLHXf7aN-Aey6QRNENfK6qOgrvyF7P-48IaSOIpOslVqQHtGMYYTaLwR9NOZA5RVjy/s1600/20_PHG_MUNDO_LIBIA.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 205px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5607905051158285362" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJxNXtKhs38uBNZdO55LHkzvtfgDxjRmLAyrv0n9OaKr1QjpJjAy-0-MR22xhV9GORXfSfJXfmNTlLHXf7aN-Aey6QRNENfK6qOgrvyF7P-48IaSOIpOslVqQHtGMYYTaLwR9NOZA5RVjy/s320/20_PHG_MUNDO_LIBIA.jpg" /></a><br /><br /><div><br /><br /><br /><p><span style="mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latinfont-family:'Calibri', 'sans-serif';font-size:11;" >O que acontece quando você pretende seguir em frente em um projeto de blog quando uma notícia impactante toma conta dos pensamentos? Provavelmente, muitas notas e textos deveriam emergir sucessivamente da massa cinzenta. Mas e quando não é esta a proposta do projeto, quando a intenção de querer <span style="mso-spacerun: yes"></span>falar de tudo um pouco se choca com acontecimentos múltiplos? É bem certo que a coisa desande. É o que tem acontecido comigo, quando me dei de cara com os acontecimentos do mundo árabe, e sem conseguir ordená-los, acabo por atrasar outros textos que julgo importantes, mas cujos desenvolvimentos esbarram na metodologia que impede que algo inacabado dê espaço para novas produções. O jeito encontrado para o fechamento de tal Gestalt <span style="mso-spacerun: yes"></span>é não resumir os fatos, e sim, expor a minha visão pessoal a respeito deles, de uma maneira clara e objetiva.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span></p><br /><br /><br /><p><span style="mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latinfont-family:'Calibri', 'sans-serif';font-size:11;" >A mais de uma semana que notícias impactantes não param de surgir sucessivamente. São realmente fatos de grande relevância para a cultura ocidental que, quando se apresentam aos nossos olhos e ouvidos (seja através da TV, rádio ou internet), nos posicionamos diante do aparelho como espectadores maravilhados e excitados com o poder da transmissão. De todos os acontecimentos que tenho testemunhado, escolhi um para tratar especificamente neste post: A Primavera Árabe. Trata-se de um fenômeno que está ocorrendo no oriente médio (que é vulgarmente chamado de mundo árabe devido a cultura islâmica que existe na região), mas que se aplica de forma apenas semelhante, também, ao continente africano. <span style="mso-spacerun: yes"></span>Tal fenômeno diz respeito à derrubada de Ditaduras opressoras da população, bem como a consequente instauração da democracia naqueles países. Teve início com a Queda de </span><a title="Zine El Abidine Ben Ali" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Zine_El_Abidine_Ben_Ali"><span style="TEXT-DECORATION: none; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; text-underline: nonefont-family:'Calibri', 'sans-serif';font-size:11;color:windowtext;" lang="PT" >Zine El Abidine Ben Ali</span></a><span style="mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latinfont-family:'Calibri', 'sans-serif';font-size:11;" lang="PT" > na Tunísia por parte de levantes populacionais, seguido da queda do presidente Mubarak, no Egito pelo mesmo processo, e protestos recorrentes na Síria, Líbia e outros países do oriente médio; todos provocados pela população de cada um destes países, afim de acabar com seus governos de longas datas. <o:p></o:p></span></p><br /><br /><br /><p><span style="font-family:Times New Roman;"><span lang="PT"><span style="mso-spacerun: yes"></span></span>O fator mais importante é a produção de subjetividade em grande escala que está se processando no lado de lá – fenômeno que não exclui as especificidades de cada país do continente. Algo semelhante vem também acontecendo na África, mas não vou precisar focar, já que entendendo um dá para entender o outro. O processo ao qual me refiro é o da instauração da democracia em países de ambos os continentes, em substituição a governos totalitaristas. De democracia temos conhecimento pleno desde filósofos clássicos como Aristóteles até o tratado das Nações Unidas do Direito da democracia: “Todo o poder emana do povo a ele está assegurada a autodeterminação dos povos em suas esferas políticas, econômicas e culturais”, assim está escrito no documento da ONU. Associando esta definição aos fatos rapidamente relatados no parágrafo anterior, percebe-se que a produção de subjetividade no mundo árabe tem a democracia como um valor a ser alcançado na política, um ideal inédito, um divisor de águas que, mais do que representante de algo bom, representa algo necessário para a política internacional que visa unir os povos, instaurar a paz no mundo e superar as desigualdades sociais. <o:p></o:p></span></p><br /><br /><br /><p><span style="font-family:Times New Roman;">É importante destacar o que muitos jornais já destacaram: a importância da internet nesse processo. É de praxe saber que a internet permite que a informação se torne acessível para todo um povo governado pela censura; mas, mais importante ainda é saber que, com o seu avanço as produções de subjetividade acontecem muito mais rápido. O que antes era visto como um processo quinquenal, hoje pode ser acompanhado no decorrer de uma década. Tal processo se assemelha à mudança comportamental dos jovens, que se inserem nos meios sociais mais rápido, e portanto, mais rápido alcançam mais rápido se rebelam contra um sistema familiar, processo que mais tarde apresenta, também o seu equívoco, no que tarda um jovem rebelde a sair da casa dos pais. Nesse sentido, esperamos que seja diferente no mundo árabe, que eles realmente encontrem a sua primavera, pois o mundo anseia por isso. <o:p></o:p></span></p><br /><br /><br /><p><span style="font-family:Times New Roman;">E por falar em ansiar, nimguém menos que os Estados Unidos para delegar tal sentimento. A participação do exército americano na implantação da democracia naqueles países não tem nada de imperialista como muitos idiotas costumavam pensar. É algo necessário para a economia, que hoje uma ciência dotada de pensamento sistêmico, reconhece a sua dimensão global, onde as partes de cada lugar geram turbulência em todo o sistema, que está em constante processo de mudança. Isso significa que, o interesse econômico dos estados unidos neste processo não diz respeito somente a eles, mas a todos os outros países do mundo inteiro. Se eles querem comprar e vender petróleo, nós também sentimos os efeitos, no preço da gasolino. Ora, é muito fácil falar mal dos estados unidos em nossa cultura anti-americanista classe média, mas e quando o preço da gasolina sobe, será que gostamos?<o:p></o:p></span></p><br /><br /><br /><p><span style="font-family:Times New Roman;">Por último, eis que muito satisfatoriamente termino esta breve insuniação sobre algo muito grande. É da democracia que falamos e destacamos como tema central. Da maneira como ela se apresenta, pode não ser a maneira ideal, mas a sua idéia é. Até agora, não vi na história da humanidade, outra forma mais adequada de governo. Já se foi o tempo das ditaduras, sejam elas socialistas (como foi o caso da ex união- soviética, dos países do pacto de Varsóvia, da américa latina, coreia do norte – que infelizmente ainda resiste- e china), sejam eles teocráticas (como o caso do mundo árabe)... e <span style="mso-spacerun: yes"></span>Adeus século XX. <o:p></o:p></span></p></div>Mateus Souto Maior Barroshttp://www.blogger.com/profile/17065724417252876588noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2628678517353335900.post-3988347731743976342011-03-13T05:58:00.000-07:002011-03-13T06:07:02.681-07:00Elogio ao amor<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6HHX5Ag44bTbs1IpOMJMq5m0ZVlrlBBx5Lea6loIfUk3svZQry9la_oULtjYZu-35j6sbVVifrOxtM7LT3miD1YVxTg8WnSP1WBArCdbk7KDMG92AMQMrIv0jHiok88ulDYp9I_mxjEKp/s1600/images.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 183px; DISPLAY: block; HEIGHT: 276px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5583550064256719650" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6HHX5Ag44bTbs1IpOMJMq5m0ZVlrlBBx5Lea6loIfUk3svZQry9la_oULtjYZu-35j6sbVVifrOxtM7LT3miD1YVxTg8WnSP1WBArCdbk7KDMG92AMQMrIv0jHiok88ulDYp9I_mxjEKp/s320/images.jpg" /></a><br /><p style="TEXT-INDENT: 36pt; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="mso-ansi-language: PT-BR" lang="PT-BR"><span style="font-family:Calibri;">Carnaval passou, e nem deixou tanta saudade. Também, já virou rotina apesar do espaço de tempo que separa as suas sessões. Aqui, no Brasil, muitos costumam pensar que o ano só começa após o carnaval. A verdade é que a vida continua depois dele, pois a sensação de pôr os pés no chão depois do carnaval é de que tudo não passou de um sonho. Quem vive o carnaval, costuma, inclusive, sonhar com ele algumas poucas vezes durante o ano como uma manifestação inconsciente de amor ao seu povo e esperança de encontrar um amor para si. Alguns conseguem encontrar o seu amor, e por isso, fazem uma relação de continuidade entre a realidade e o sonho. Os que não conseguem, costumam encarar a volta aos pés no chão com naturalidade, escondendo a frustração de estar vivendo uma vida insignificante. Lógico que somos humanos, e por isso, temos grandes desejos de realização que não se adequam à real dimensão do mundo. Sempre estamos a procurar algo de melhor para as nossas vidas, e o fato de amar alguém auxilia energeticamente nessa busca. Somos demasiadamente humanos, e por isso, devemos investir nossas energias amorosas em alguém, é só assim, poderemos expelir todo o nosso potencial criativo na busca do nosso algo a mais. Não sei por que, mas tenho como exemplo disso o Ariano Suassuna: Toda a sua vida dedicada à literatura e à cultura popular, mas sempre com uma companheira do lado, a sua primeira namorada desde os 13 anos de idade. Não precisou procurar mais ninguém, e por isso, pôde investir toda aquela energia - que poderia estar sendo desperdiçada na procura por um amor ideal - na literatura. <?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span></span></p><br /><p style="TEXT-INDENT: 36pt; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="mso-ansi-language: PT-BR" lang="PT-BR"><span style="font-family:Calibri;">Comecei falando sobre o carnaval, mas lógico que é sobre o amor que eu gostaria de falar. Faz parte de mim, pois venho vivenciando algumas frustrações amorosas ultimamente, e consequentemente, um estado de carência. Sei que é tudo minha culpa, e sei o quanto tenho que melhorar. Também não vivo nenhuma grande fatalidade, até porque, enquanto jovem da classe média, carrego na memória a frase de Gonzaguinha como uma ridícula manifestação de insatisfação e esperança: “eu sei, que a vida poderia ser bem melhor e será”. Mas uma coisa é certa, não posso ignorar isso, pois tá diretamente relacionada com meu crescimento. Amar alguém é o mínimo que devemos ter; faz parte não de um simples desejo, mas de uma necessidade básica secundária: o sexo. Alguns leitores mais hipocritamente moralistas (acho que não é o caso dos meus) poderia encarar essa última afirmação como vulgar, mas tá muito longe disso. Já devo ter mencionado em outros posts que o sexo tá entre necessidades básicas do ser humano. Também devo ter mencionado que necessidades básicas estão relacionadas com o instinto, e consequentemente, com a sobrevivência do ser humano, e que nesse sentido o sexo se caracteriza como um instinto secundário, pois está relacionado com a sobrevivência da espécie humana. Lógico que essa afirmação biológica de alguns séculos anteriores ignora as descobertas científicas atuais como a inseminação artificial, bem como a diversidade sexual. Quero aproveitar e citar o psicólogo americano Albert Ellis, criador da terapia Racional-Emotiva. Diz ele: - “Costumamos pensar que ‘preciso encontrar com minha amiga’, ‘preciso fazer meu trabalho de faculdade’, ‘preciso fazer isso ou aquilo’. Tá tudo e errado, pois só precisamos de três coisas na vida: comer, dormir e fazer sexo. O resto são apenas desejos”. Acho também que já o citei antes, mas o que quero afirmar com tudo isso, é que todos precisam amar, e amar não pode ser com qualquer um, não nos tempos de hoje; precisamos encontrar o nosso amor verdadeiro. É uma sina, e não devemos ignorá-la. <o:p></o:p></span></span></p><br /><div align="justify"><span style="LINE-HEIGHT: 115%; FONT-FAMILY: 'Calibri', 'sans-serif'; mso-bidi-: minor-bidi; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latinfont-family:'Times New Roman';font-size:11;" lang="PT-BR" >Além, dessa concepção biológica, que para alguns leitores possa soar tão maniqueísta, há também outra que eu gosto muito: a existencial. Amar alguém é reconhecer-se diante do olhar do outro. Existência se dá na relação, no outro que olha pra mim e diz: “você é...”. E mesmo que ele não diga nada, basta olhar no sei sorriso, no seu toque, sentir o seu abraço, captar o calor que ele transmite. É saber que, estando aqui, estou sendo pensado por alguém, e uma vez sendo pensado, estou ensinando algo para esta pessoa... aí, citando um filósofo que gosto bastante, o Martin Buber: <span style="mso-spacerun: yes"></span>“minha mensagem está sendo captada por alguém assim como eu capto as mensagens das pessoas tal qual as informações midiáticas que me são transmitidas”. É esse o amor que faz uma criança saudável, que se reconhece no olhar e no toque da mãe, segundo Donald D. Winnicot. É esse o amor que um dia se expandirá para os mais diversos espaços da sociedade, deixando as minhas impressões digitais nas pessoas que comigo se encontrarem. E quando um casal tem um filho? É quando a extensão da existência alcança o seu maior alcance, pois o filho representa uma continuidade da nossa existência, e a marca que antes era nossa, agora está nele, que passará para outros, para depois passar para os filhos dele, e assim sucessivamente. E quando as duas concepções anteriormente apresentadas se unem numa só: O amor com sexo. O sexo como uma necessidade, e que portanto está relacionada ao prazer, junto com o amor que expande a nossa existência. É, por assim dizer, o amor ideal, que tantos buscamos em nossas vidas, e que talvez nunca encontremos o que faz da nossa existência, algo bem menor. Mas fora estas concepções, o amor ainda possui outras. Só para citar exemplos, temos a cristã, onde podemos encontrar o amor fraterno, aquele que fez com que Jesus morresse por nós. E várias outras formas de amor também existem, e para isso temos a teoria de </span><span style="LINE-HEIGHT: 115%; FONT-FAMILY: 'Calibri', 'sans-serif'; mso-bidi-: minor-bidi; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latinfont-family:'Times New Roman';font-size:11;" lang="PT" >Alan John Lee</span><span style="LINE-HEIGHT: 115%; FONT-FAMILY: 'Calibri', 'sans-serif'; mso-bidi-: minor-bidi; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latinfont-family:'Times New Roman';font-size:11;" lang="PT" > </span><span style="LINE-HEIGHT: 115%; FONT-FAMILY: 'Calibri', 'sans-serif'; mso-bidi-: minor-bidi; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latinfont-family:'Times New Roman';font-size:11;" lang="PT-BR" >intitulada “Estilos de amor”. Recomendo aos interessados que procurem na internet, pois já tá na hora de encerrar o texto, considerando que prezo pelo seu tamanho acessível. Termino então com uma frase que não concordo tanto, mas que se aplica a este momento: O amor é tudo, e sexo é mais ainda. <span style="mso-spacerun: yes"></span><span style="mso-spacerun: yes"></span></span></div>Mateus Souto Maior Barroshttp://www.blogger.com/profile/17065724417252876588noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2628678517353335900.post-4750055342113501222011-02-25T13:11:00.000-08:002011-02-25T13:17:36.547-08:00Carnaval 2011: Diversidade cultural ?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEhCWt5qKb9bR2oMxMxBgHPgVa9by8iD0Dvi8qqL1p8tyzqT4gGTHQzxqVXKm3tj3Vou-ZA2HFB3Y7cjCoKrLljFDidvU6dHSw1iIHvCuvJzn8njQJmNcURqwJ53hNKE2PtjjcaigBzjzb/s1600/mmp465_carnaval.gif"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 308px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEhCWt5qKb9bR2oMxMxBgHPgVa9by8iD0Dvi8qqL1p8tyzqT4gGTHQzxqVXKm3tj3Vou-ZA2HFB3Y7cjCoKrLljFDidvU6dHSw1iIHvCuvJzn8njQJmNcURqwJ53hNKE2PtjjcaigBzjzb/s320/mmp465_carnaval.gif" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577738490387298466" /></a><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;text-indent: 35.4pt; ">Vai começar mais um carnaval pernambucano. Mais uma manifestação de alegria, sensualidade, musicalidade e excentricidade. Época em que Colombina pede licença a Alecrim para ir atrás de Pierrô. E essa terra de Manuel Bandeira é que o bicho pega. Os clubes e as ruas se enchem de pessoas fantasiadas ou não, de grupos dos mais variados estilos musicais daqui (e de fora também, ponto que vou destacar logo mais), bonecos gigantes, dançarinos de frevo, barracas e isopores vendendo bebida e comida. O antigo e o novo se encontram, o rico e o pobre também. Sejam misturados na rua, ou segregados em seus clubes carnavalescos. Uma coisa é certa: o Carnaval é pra todos. Haja democracia, e justa por sinal; pois a vida é tão dura e todos devem ter o mesmo direito de esquecer problemas durante quatro dias. Há muita<span style="mso-spacerun:yes"> </span>coisa a ser dita sobre o carnaval, principalmente por mim, que venho curtindo esta brincadeira há doze anos no mesmo endereço: Olinda e Recife antigo. Mas é sobre outra coisa que eu queria tratar aqui; tem haver com o carnaval, mas é um triste fenômeno que de tão recorrente, parece que é sempre novo: a Desvalorização da nossa cultura.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;text-indent: 35.4pt; ">Vinha eu percorrendo o caminho de volta para minha depois de deixar minha irmã mais nova, Miriam, em seu trabalho, quando – parado no engarrafamento da avenida Agamenon Magalhães – ligo o rádio na minha estação predileta, a Universitária FM 99.9, para ouvir o programa comandado e apresentado pelo compositor de frevo, Hugo Martins, e intitulado: Carnaval 2011. Programa em que, assim como na emissora de um modo geral, a cultura pernambucana é defendida a todo o instante. Nesse dia, Hugo havia recebido um convidado especial: Geraldo Maia - cantor natural de Pernambuco, que procura tanto reinventar a nossa música, sem perder de vista as nossas raízes, como também homenageia cantores do passado que foram marcantes em sua influência musical. Pois bem; só que nesse dia, Geraldo Maia encontrava-se indignado com o tratamento oferecido pelos nossos governantes à nossa cultura popular, e expressou toda a sua indignação através de ataques severos e emocionados, e que mexeu tanto com as minhas emoções quanto com as minhas opiniões. O fato: Geraldo Maia não teve o seu projeto de show para o carnaval aprovado pela Fundarpe (Fundação do patrimônio histórico e artístico de Pernambuco) em nenhum dos espaços, em nenhuma cidade do estado inteiro. Foi triste para o carnaval de Pernambuco;<span style="mso-spacerun:yes"> </span>não somente porque foi ele, Geraldo Maia, quem ficou de fora, mas assim como ele, muitos artistas que estão batalhando para terem o seu trabalho reconhecido, também ficaram. No decorrer da sua fala, Geraldo falou que colegas alguns dele, hoje reconhecidos e consagrados, tiveram o seus projetos aprovados e ganharam até quinze espaços de apresentação, enquanto ele ficou sem nenhum. Ele não citou nomes, mas quem conhece o carnaval daqui, deve saber bem quem são.<span style="mso-spacerun:yes"> </span>A questão é: o que será da música pernambucana e do seu carnaval nos próximos anos se não permitirmos que novos artistas possam mostrar o seu talento? O que vai ser quando esse que estão aí consagrados morrerem? É preciso dinamizar mais a aparição destes artistas, permitir que saiam da toca, valorizar o que é produzido na nossa terra. Por falar em valorização, esse é o tema central. Tô contigo, Geraldo Maia.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;text-indent: 35.4pt; ">Acompanhando outras edições do programa de Hugo, sempre com convidados indignados, é que percebemos o estado em que se encontra a valorização da nossa cultura. Só pra citar alguns exemplos: <span style="mso-spacerun:yes"> </span>1)O presidente do bloco “Virgens do Bairro novo” de Olinda proibiu orquestras de frevo de desfilarem no bloco. Frevo é a música mais característica do nosso carnaval, e é bem sofisticado, com metais e tambores soando alto. Pena que aos olhos de uns mais jovens pareça música de velho. 2) O prefeito do Recife, João da Costa (também conhecido como João da Bosta) juntou a festa do rei momo com a eleição do rei e rainha do carnaval, do baile municipal. Diga-se de passagem que a festa do rei momo é uma tradição. O que me deixou feliz foi a resistência de algumas pessoas que conseguiram realizar a festa do rei momo sem a prefeitura. Com isso, não quero dizer que todas as pessoas são imbecis e ignorantes com a sua cultura, nem que não devemos trazer grupos de fora para cá; mas que o carnaval deveria priorizar a nossa cultura, pois o grande problema dela é simplesmente um problema de valorização. Hugo Martins elogia bastante o baiano, porque sabe valorizar a sua cultura, a sua música. No carnaval, eles só tocam música baiana. E viva o povo baiano, tô com você hugo!! O baiano não invade lugar nenhum, nós é que mandamos chamar o baiano. Garanto que se não fosse pela valorização, o Samba-Reagae tocado naqueles trios-elétricos da Bahia, seria uma música tão chata de se ouvir quanto é o frevo aqui para algumas pessoas. <o:p></o:p></p>Mateus Souto Maior Barroshttp://www.blogger.com/profile/17065724417252876588noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2628678517353335900.post-20066076205188183292011-01-25T16:41:00.000-08:002011-01-25T17:00:30.330-08:00Fim do ano passado, Tio Benito e Deus na visão de Henri Bergson<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh56F7ei0rDT4Fw0CVDZMj5mDzFmTPOnpECaFRZXYq-InKorf45chFNLOBIfS6P_LrfDAfoX7jbci-nbNW08knVwExuCMMASGFwEP188ntxWHhXEXQc9k-d8kPyGH-jyAS_94ZTL3BpGZSh/s1600/henri_bergson.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 210px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh56F7ei0rDT4Fw0CVDZMj5mDzFmTPOnpECaFRZXYq-InKorf45chFNLOBIfS6P_LrfDAfoX7jbci-nbNW08knVwExuCMMASGFwEP188ntxWHhXEXQc9k-d8kPyGH-jyAS_94ZTL3BpGZSh/s320/henri_bergson.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5566291248880681554" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimkcZleqSuC3JftajDcbzf-8ZgFn41yHBsSX2PHXAuvT_oCDtENce6ZYNH6TC1Y8-k1qPXSdnK5LvHof5jY3GZT8ugEbOfCIiwa0C0P-an1pnW1iorGuwNbHXftqio9N8cUkcC8uzRPV4h/s1600/benito01.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 274px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimkcZleqSuC3JftajDcbzf-8ZgFn41yHBsSX2PHXAuvT_oCDtENce6ZYNH6TC1Y8-k1qPXSdnK5LvHof5jY3GZT8ugEbOfCIiwa0C0P-an1pnW1iorGuwNbHXftqio9N8cUkcC8uzRPV4h/s320/benito01.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5566291251027118258" /></a><br /><br /><p class="MsoNormal">Feliz ano novo atrasado a todos os meus leitores. Obrigado pelo incentivo tia Mércia, Sérgio, Breno e Sophia. Espero que este ano de 2011 possa ser bastante construtivo para todos nós; e que o sucesso não parta somente de acasos ou milagres, mas tenham suas raízes nos nossos esforços individuais e coletivos. Que estes esforços possam ser bem reconhecidos pela luz de nossas consciências. Tive um final de ano um tanto abalado devido a morte do meu tio Benito; o irmão mais querido do meu pai e um sujeito admirado por todos nós, especialmente por mim, que tive um relacionamento distante devido à distância física que nos separava. Ele morava em Macau, no rio Grande do Norte, enquanto sua família mora, em sua maior parte, aqui em Recife. Ele foi um grande professor de ciências sociais (enquanto tal, foi fundador da Universidade Federal do Rio Grande do Norte em Macau) um grande poeta (teve alguns livros publicados) um grande político (não me lembro dele ter ocupado algum cargo público, mas sempre participou ativamente da política de Macau)... Enfim, um grande homem e um grande fidalgo. Foi, talvez, a pessoa mais importante para a história de Macau nos últimos 30 anos, e nas palavras do seu amigo, padre Murilo: Benito estava a trezentos anos à frente de nós, e só daqui a trezentos anos é que o povo de Macau irá entender as palavras de Benito Barros. E além de Tio Benito, ainda enfrentei um trabalho de apoio psicológico às famílias dos trabalhadores da transposição do Rio São Francisco que foram mortos e feridos devido a uma dinamite que explodiu num momento errado: ocasião em que eles se encontravam a uma distancia inferior a quinhentos metros dá área da explosão. Acompanhei o sepultamento dos mortos e a atenção hospitalar aos feridos, tudo em clima de muito sofrimento e tensão por parte dos familiares. A parte boa foi que esse trabalho me redeu três mil e quinhentos reais ao todo, somando as horas de trabalho (39 horas). Mesmo assim, ainda me senti mal, por pensar que tal bolada só foi possível graças à desgraça dos outros. Mas a vida segue sempre esse caminho cíclico dos que morrem e dos que nascem... e não haverá Deus nem ciência para reverter isso daí. O que eu peço a Deus nessas horas, é que a eternidade seja um bom lugar para todas as almas, além das boas, claro, como a do meu tio Benito. Nas palavras do meu tio Faé: vai que Deus estava precisando dele lá no céu, uma pessoa competente para ocupar o cargo de secretário do universo.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">Mas é sobre Deus que eu queria tratar neste texto já que toda essa experiência vivida por mim nos últimos dias de 2010 é, em síntese, uma experiência de vinculação da matéria com o espírito, de sintonia do homem com o sagrado. Na verdade, só vou tratar de um pequeno aspecto dele, pois o todo-poderoso é <span style="mso-spacerun:yes"> </span>talvez o mais amplo, mais complexo e mais profundo de todos os assuntos. São muitas linhas de teologia que vêm sendo traçadas até hoje com o intuito de estuda-lo, e portanto, não será um textinho mixuruca de blog que irá abordá-lo em sua totalidade. O contexto que escolho para expor uma visão particular (mas nem tanto, por ser fundamentada filosoficamente) é a da diversidade religiosa que habita todos os habitats humanos do planeta terra. O cenário dessa diversidade mais se assemelha a um mercado de religiões, todos a disposição do homem para que este escolha qual o Deus que ele mais se identifica. Em cada uma delas, Deus possui um nome: Deus, Alá, Buda, Krishina, Olorum ... e outros que não me vêm à mente no momento. Cada um deles é dotado de um sistema de verdades religiosas, valores morais e éticos e histórias dotadas de provérbios à respeito da origem de tudo e de todos. Antigamente, cada religião possuía o seu território de dominação, e a história da população deste território se confundia com a história desta religião. A expansão de uma religião além do seu território ou mesmo a invasão de um território alheio por parte de outra religião muitas vezes resultava em conflitos banhados de sangue. O advento da era moderna, juntamente com a progresso em escala global para uma economia capitalística neoliberal de livre intervenção permitiu com que esses conflitos fossem amenizados em prol de uma abertura, também para as religiões. É uma pena que esta abertura ainda não foi possível para algumas regiões como a do estado da Palestina, que nos dias de hoje, ainda vivencia conflitos religiosos entre judeus e árabes. E apesar da existência ou não de conflitos violentos, o centro da discussão entre os religiosos das diferentes religiões nunca deixa de ser o mesmo: qual Deus é o mais verdadeiro? O meu ou o seu?<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Sobre essa questão, eu tenho uma idéia que não é propriamente minha, pois é embasada na visão de um grande filósofo francês: Henri Bergson. Para ele, Deus é o Ser Criador, que criou o mundo, história essa que ouvimos falar antes. A diferença está no plano em que este deus se encontra: Dentro de nós, de modo que podemos alcança-lo através da nossa transcendência, da nossa evolução espiritual, emocional e cognitiva. Diz ele ainda que a poder da criação foi designado também ao homem, e que este pode se aproximar da condição divina, de Deus, quando este exerce o poder criador de forma plena. E vamos além...Criar, na visão de Bergson não significa inventar coisas, descobrir através da ciência; não, é de outra criação que ele trata. É da criação humana que ele trata, aquela que se dá na relação do eu com os outros, na inserção do homem na sociedade. Criar através de uma nova ou antiga relação é permitir o acontecimento da aprendizagem no campo desta; é me fazer presente na vida de uma pessoa mesmo quando estou ausente dela, pois ela carrega o meu modo de ser na construção de sua identidade, e quando estamos juntos, estamos de tal forma que nosso poder criador encontra-se em grau elevadíssimo. <span style="mso-spacerun:yes"> </span>Ao estender o seu pensamento sobre o fenômeno criador, Bergson destaca alguns conceitos que são chaves nele. Um deles é a “Intuição”. A intuição se contrapõe às instituições, que são estruturas rígidas localizadas na sociedade, que barram o processo criativo, paralisando o nosso corpo perante o peso as estruturas que estão fora de nós. É na intuição que a vida se movimenta, é nela que reconhecemos o nosso poder perante as instituições e a criatividade possa acontecer na minha relação com estas instituições. Assim sendo, qual religião possui o Deus mais verdadeiro? Eu diria que todas possuem um Deus verdadeiro, pois a verdade está aonde a criação também está. Não adianta eu estar numa religião aonde a criação não aconteça, aonde eu não consiga me ver naquela verdade, de modo que a minha vida não muda e nem eu me torne um ser mais criativo na minha relação com as outras pessoas. Ou seja, a verdade religiosa é um processo singular, pois diz respeito ao despertar do meu processo criador no contato com essa ou aquela religião. É importante destacar também na visão de Bergson, o que ele pensa sobre o Amor. É através do amor que a criação da vida acontece, é a condição para isto; o contrário dele é o contrário da criação; ou seja, a destruição. Se eu me encontro numa religião aonde a verdade dela não faz bem nem a mim e nem às pessoas que estão perto de mim, então não há criação, pois não há aprendizagem, reflexão, liberdade, intuição. Todo como exemplo alguns grupos radicais da religião mulçumana, que atacam os judeus na palestina sob a crença de que é o caminho de Alá para implantar a paz no mundo e varrer o mal da terra. Bem, isso só se consegue debaixo de sangue. <span style="mso-spacerun:yes"> </span>Agora, percebam o seguinte: eu não estou falando da religião mulçumana em si, pois esta enquanto religião, ele está a favor da criação entre os seus seguidores. Me refiro aos grupos radicais, bem como outros que existem em outras religiões, que não favorecem o processo criador e terminam por criar mais instituições ao nosso redor. Enquanto um cara religioso, porém, sem religião definida,venho procurando conhecer os dizeres de diversas religiões.<span style="mso-spacerun:yes"> </span>Me<span style="mso-spacerun:yes"> </span>considero católico apostólico romano, religião sob a qual fui concebido socialmente; mas a minha visão de Deus é a que Henri Bergson me ensinou. Deus é Henri Bergson. <o:p></o:p></p>Mateus Souto Maior Barroshttp://www.blogger.com/profile/17065724417252876588noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2628678517353335900.post-13701669120520492122010-11-16T08:10:00.000-08:002010-11-16T12:12:30.167-08:00Guilherme Lamounier e um pouco do cenário musical brasilero da década de 70<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqFOYIaIXwt4IcoF7_uFt3eMZ0HqiFOTC8e-ytIMYr58Co7JTpBMNym3Unj4_9OoFE0LlIFoGhZL_vmS1zPxT94HZux6QJXOZJ4PkewdQHTSmoAr-9Nh28w8Tp2G8CiPFls_OxbL7bE8XC/s1600/44376595.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 199px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5540183812202350258" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqFOYIaIXwt4IcoF7_uFt3eMZ0HqiFOTC8e-ytIMYr58Co7JTpBMNym3Unj4_9OoFE0LlIFoGhZL_vmS1zPxT94HZux6QJXOZJ4PkewdQHTSmoAr-9Nh28w8Tp2G8CiPFls_OxbL7bE8XC/s320/44376595.jpg" /></a><br /><div><br /><p style="MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:Calibri;">Falar de Guilherme Lamounier é fazer uma viagem à cena musical brasileira da década de setenta, bem como se aventurar teoricamente em busca de entender os motivos que fez com que um artista tão bom como ele fosse completamente esquecido. Tomo-o como referência porque o descobri recentemente e venho escutando ele bastante no toca-CD do meu carro; mas deve-se levar em conta que o mal do ostracismo recaiu sobre uma centena de artistas daquela época. Ao final deste texto, pretendo responder às seguintes questões: 1) Quem foi Guilherme Lamounier? ;<span style="mso-spacerun: yes"> </span>2) Como se define o cenário musical brasileiro daquela época? 3) O que levou Guilherme Lamounier a ser a ser deletado da memória da nossa música? E vamos embora... pra lá de Bora Bora.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span></p><p style="MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes"></span>A história de Guilherme Lamounier tem início em vinte e cinto de novembro de 1950, quando ele nasce. De início, ele morou no Canadá, onde fora alfabetizado na língua inglesa. Depois <span style="mso-spacerun: yes"></span>voltou pro Rio de Janeiro, sua cidade natal, e lá permaneceu até hoje, indo uma vez ou outra para os Estados Unidos. Sua família era quase toda composta por músicos renomados, o que faz com que o destino de Guilherme não fosse diferente. Sua estreia musical fora aos dezessete anos, quando este integrou um grupo chamado Todas as estrelas, onde atuou como vocalista. Foi em 1969, com o término da banda, que Guilherme Lamounier se lançou em carreiro solo e lançou o seu primeiro LP homônimo em 1970. Para resumir de vez a sua trajetória musical: Foram cinco álbuns e um EP, lançados até o ano de 1984, quando ele deixou de gravar devido às influencias musicais oitentistas e ao desgaste causado pela exploração midiática das suas músicas; mas isso não o impediu de continuar compondo. Prefiro me ater aqui à sua música, repleta de influências norte-americanas: uma mistura Folk-rock (ritmo do qual sou apaixonado), Blues, Funk-Soul e country, resultando numa música alegre, contagiante e nostálgica. Algumas de suas canções foram regravadas por artistas como Fábio Jr. (“Enrosca", também regravada doze anos depois por Sandy e Júnior,<span style="mso-spacerun: yes"> </span>e “seu melhor amigo”) e Zizi Possi (“um toque de amor”, uma das minhas canções favoritas de Guilherme Lamounier). O mais interessante eram as suas letras: tratavam de ideais do movimento Hippie americano, porém, com uma conotação ingênua, acreditando num ideal puro de vida, baseado em naturalismo, no anti-materialismo, alienação e amor puro. Assim sendo, é muito comum ouvir temas como liberdade, desapego às coisas materiais, alucinações psicodélicas e culto a natureza sendo tratados de forma tão poética na música de Guilherme Lamounier. Haja charme e talento.<o:p></o:p></span></p><p style="MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:Calibri;">Por outro lado, tem o cenário da música brasileira da década de setenta, onde eu tento responder ao segundo quesito proposto no primeiro parágrafo. Os anos 70 foi o período de ascensão da MPB,<span style="mso-spacerun: yes"> </span>gênero musical brasileiro que se caracterizava mais como um movimento de vanguarda, pois se propunha a criar uma música que fosse tipicamente brasleira. Assim sendo, é um gênero de difícil definição por englobar um infinidade de ritmos nacionais. Recebeu tal denominação (MPB) devido aos espaços de manifestação: os Festivais da música brasileira, que aconteciam no espaço Guarujá, em São Paulo, e divulgado pela extinta TV Excelsior. Os artistas mais aplaudidos nestes festivais formaram uma vanguarda musical que se manteve até hoje: são artistas como Chico Buarque, Gilberto Gil e Caetano Veloso. Outros sumiram do mapa, mas ainda assim são lembrados – como Geraldo Vandré, Sérgio Sampaio e Taiguara. A união que fortaleceu a notoriedade destes artistas se deveu ao clima de agitação causado por um período de ditadura militar no coração dos jovens artistas que ousaram contestar o regime através da música. Assim, as canções que formavam a vanguarda musical correspondiam com os valores da juventude daquela época, contestando o regime autoritário num misto de amor com rebeldia. Quem não se adequava a esses padrões ficava de fora da vanguarda e corria um sério risco de passar despercebido pela massa. Outros que também ficaram de fora poderiam ser notados na década seguinte, onde uma grande inversão de valores acontecia, e a música engajava daria espaço ao rock da babaquice dos anos 80. Lógico, também não devemos esquecer os artistas populares da música romântica, tais como Roberto Carlos, que serão eternamente lembrados pelo povão, que se identificava muito mais com eles do que com a tal MPB, que era o foco de adoração das classes médias universitárias. Os excluídos foram aqueles que se propuseram mais pra MPB do que para o romântico, mas sem abarcar o seu caráter nacionalista e nem tampouco se engjando na luta. <o:p></o:p></span></p><p style="MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:Calibri;">Eis que agora entramos na terceira questão: O que levou Guilherme Lamounier a ser a ser deletado da memória da nossa música? Bom, os dois últimos parágrafos servem de premissa para que se possa responder a esta pergunta. Se o cenário musical brasileiro dos anos setenta, elegia os seus ídolos por suas letras engajadas e por suas influencias musicais puramente regionais, então Guilherme Lamounier não poderia entrar nessa lista. Suas letras que falavam de amor ou de liberdade de uma forma ingênua parecem não haver despertado tanto o interesse de ouvintes mais sedentos por revolta contra o regime em vigor naquele momento. Isso sem falar nas suas influências musicais, quase todas americanas, de modo que eu até me arrisco a afirmar que ele foi um legítimo representante do Folk-Rock brasileiro, ritmo que praticamente não existiu. Quebrou a cara, se esbarrando no sentimento anti-americanista que imperava na conciência da classe média da época e que representavam um grande número de vozes e votos no Brasil. </span></p><p style="MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:Calibri;"> Por outro lado, algumas fontes biográficas virtuais afirma que ele simplesmente abriu mão da indústria fonográfica por vontade própria, pois não se sentiu bem com os rumos que esta estava tomando, optando assim, por uma vida tranquila. Tudo bem se fosse só isso, mas porque do esquecimento? Digo e repito, ele é apenas uma referência para um mal que atingiu muitos artistas daquela época, assim como foi com Wilson Simonal – Talvez o caso mais famoso de ostracismo da música brasileira – que fez muito sucesso durante um tempo, até ser tachado de delator da ditadura militar, e consequentemente, ser rejeitado pela população. Eis que surge uma tese a se trabalhada em outros próximos textos: “as esquerdas brasileiras sempre foram dominantes no que diz respeito à criação artística e sua difusão através da mídia, ao contrário do que muitos pensam”. Essa tese já foi defendida pelo filósofo brasileiro Olavo de Carvalho, pelo grande jornalista e intelectual Paulo Francis e pelo saudoso cronista e escritor Nelson Rodrigues. Serei eu o próximo a defendê-la. Mas agora, prefiro ficar com Guilherme Lamounier, este compositor que ainda será redescoberto; afinal, o Brasil precisa da sua música. </span></p><p style="MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:Calibri;"></span></p><p style="MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:Calibri;">Aqui vai os links da sua discografia para os interessados. Basta copiar e colar na barra de navegação:</span></p><p style="MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal"><span style="FONT-FAMILY: 'Arial', 'sans-serif'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:10;color:#262626;" >Guilherme Lamounier 1970<br />http://www.4shared.com/file/102016509/331da959/Guilherme_Lamounier_1970.html<br style="mso-special-character: line-break"><br style="mso-special-character: line-break"></span><span style="FONT-FAMILY: 'Arial', 'sans-serif'; mso-fareast-language: PT-BRfont-family:'Times New Roman';font-size:10;color:#262626;" >Guilherme Lamounier 1973<br />http://www.4shared.com/file/102141233/63c1616d/Guilherme_Lamounier_1973.html<br /><br />Guilherme Lamounier 1978<br />http://www.4shared.com/file/102147532/34e218a2/Guilherme_Lamounier_1978.html<br /><br />Compactos 1975 - 1984<br />http://www.4shared.com/file/102145092/62cffa48/Compactos_1975-1984.html<o:p></o:p></span></p><p style="MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal"></p></div>Mateus Souto Maior Barroshttp://www.blogger.com/profile/17065724417252876588noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2628678517353335900.post-64306396955778156772010-11-08T09:23:00.000-08:002010-11-08T10:07:57.569-08:00A morte<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS6rOAMAhLPWJRnaWAVEtIQnNKHjY4oywuKd8s435CMaE74cw5P3ulcg6thOKL1dcpWZiH8q50VssWbGUmTfVFcQOqs3rv3HKO9c6lYzfu9Fppd5nweB0ns2H5lBA0m-MzS1xNJ8ouvR_F/s1600/morte.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 230px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5537236950243832850" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS6rOAMAhLPWJRnaWAVEtIQnNKHjY4oywuKd8s435CMaE74cw5P3ulcg6thOKL1dcpWZiH8q50VssWbGUmTfVFcQOqs3rv3HKO9c6lYzfu9Fppd5nweB0ns2H5lBA0m-MzS1xNJ8ouvR_F/s320/morte.jpg" /></a><br /><p style="TEXT-INDENT: 35.4pt; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="font-family:Calibri;">Gosto muito dos meus leitores, mas hoje acordei com desejos sádicos e sadomasoquistas; por isso, vamos tratar de um tema pouco agradável: a morte. Aperta o cinto, Sophia. Este tema soa indigesto, pois consiste no único paradigma imutável de nossa existência: a certeza de que vamos morrer um dia. Cultivamos duas coisas em nossas vidas: as metas para se alcançar o status da felicidade e os pequenos prazeres, onde o tempo parece congelar e dar lugar ao eterno. Esta horta nos permite ignorar a cada instante o pensamento sobre a morte. Mas desde já, não vou ignorá-la, vou judiar um pouco de mim e de vocês. E ai, leitor? Como será a sua morte? Sabe aquela dor física insuportável, a maior que você vai sentir na sua vida, tanto que seu corpo não resistirá? Pois é, ela vai vir. Estarás preparado? Quanto será que vai doer? E a dor? Esta é a que mais nos apavora. Ao saber que vamos ter que passar por uma cirurgia, arrepia até o cabelo do dedo do pé, quando projetamos o sentimento para a dor que vamos sentir no processo. <?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-INDENT: 35.4pt; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="font-family:Calibri;">Pois é, por maior que seja o nosso bem-estar físico e psíquico, a dor virá nos castigar, e tudo será somente uma questão de decisão do maior agente de toda a nossa existência: o tempo. Esse aí é o mais sacana de todos, pois ele tem o poder absoluto. Quando pensamos que temos poder de mudar o mundo, ignoramos uma força muito maior que <span style="mso-spacerun: yes"></span>do que nossas mentes e nossas mãos... o senhor tempo. O tempo é quem realmente domina; do contrário, tudo o que se iniciaria não necessariamente teria um fim. E a verdade é esta: tudo tem um fim. Nada vai ficar, nem as memórias culturais mais resistentes ao tempo, como a de Jesus Cristo, por exemplo. Será que Jesus vai ser esquecido um dia também? Com certeza, será. Sabe-se lá se até então o tempo encontrará outro adversário tão poderoso quanto Jesus Cristo. <o:p></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-INDENT: 35.4pt; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="font-family:Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes"></span>Quando criança, eu dei os meus primeiros suspiros filosóficos ao perguntar ao meu tio “Faé” se todos iriam morrer, inclusive eu. A resposta afirmativa dele foi um choque de milhões de volts. Eu me lembro de que chorei demais nesse dia, e desde então, eu não vivo um dia sem pensar por alguns instantes que em algum momento eu vou morrer. Eu fantasiava até sobre uma tal “pílula da imortalidade” que algum cientista competente iria descobrir antes que eu morresse. Pena que isso não aconteceu até agora. Na verdade, hoje eu penso que não gostaria realmente de ser eterno; porém, seria ótimo que pudéssemos viver mais do que esse período de permanência que o agente tempo nos permite viver. 60, 70, 80, 90 e agora 100... é muito pouco. O ideal seria que pudéssemos viver até 500 anos – aí sim, eu acreditaria que nas palavras de uma pessoa idosa de quinhentos anos que diz estar enjoada de tanto viver. <o:p></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-INDENT: 35.4pt; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="font-family:Calibri;">Bom, peço desculpas a alguns leitores mais religiosos do que eu. Eu sou um cara de fé, acredito em verdades universais, penso muito sobre a ética, o bem e o mal, sobre a salvação da humanidade. Até na eternidade espiritual eu acredito. O problema é o tamanho da subjetividade que abarca a idéia de morte e todos os afetos que a envolve. Por falar nisso, preciso assistir ao filme “nosso lar”, baseado na obra homônima de Chico Xavier; acredito que vai me render muitas palavras para um próximo texto sobre este tema. Atrai-me bastante a ideia de que somos espíritos encarnados, e por isso, a vida se estende além deste corpo. O problema é que ‘apenas’ atrai. Quanto a acreditar é preciso que meu sonho mais existencial se realizasse: receber a visita de um espírito desencarnado. Ah, como seria bom, eu faria milhares de perguntas a ele. <o:p></o:p></span></p>Mateus Souto Maior Barroshttp://www.blogger.com/profile/17065724417252876588noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2628678517353335900.post-65332533195652494902010-09-28T20:28:00.000-07:002010-09-28T20:34:06.756-07:00Eleições 2010 - Apenas sobre os presidenciáveis<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrM_OUgYVHmHEyL3sYCfl63x3qfPUMHFJPP60cpDduFJ8Avkz6bI-hOCI6hDHfWn6IGkO8KmLOKvnhAVZHsjfnufGrURFdLlBXr1d2ODf2FMBX7pGGu_c_KAtYhs38NaEqY5O8rSAkZrn6/s1600/eleicoes_20101.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5522173576133947762" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrM_OUgYVHmHEyL3sYCfl63x3qfPUMHFJPP60cpDduFJ8Avkz6bI-hOCI6hDHfWn6IGkO8KmLOKvnhAVZHsjfnufGrURFdLlBXr1d2ODf2FMBX7pGGu_c_KAtYhs38NaEqY5O8rSAkZrn6/s320/eleicoes_20101.jpg" /></a><br /><div><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:Calibri;">Cá estou eu novamente me aventurando pela madrugada em mais uma noite de insônia. Por coincidência, ontem foi dia de sambão no Morro da Conceição. Já estou começando a achar que a razão da minha insônia encontra-se nos energéticos que ando tomando misturados com uísque. Mas que bom que seja assim, pois a madrugada é realmente o melhor horário para escrever, tamanho é o grau de intimidade com si próprio que este horário proporciona ao escritor. Era assim com Clarisse Lispector. Mas vamos lá, vou aproveitar pra refletir um pouco sobre as eleições do ano de 2010 mesmo que tardiamente, faltando apenas uma semana para o sufrágio. Começo dizendo que percebo uma semelhança no quadro eleitoral desde a primeira eleição do Pesidente Lula. Como seria este quadro? É o quadro do marketing político. Lógico que isto não é recente, mas parafraseando o atual presidente, “nunca na história deste país” o marketing foi tão decisivo na opinião dos eleitores. É de fazer chorar, pois não há mais debates de idéias e propostas políticas. A candidata Dilma não está nem um pouco preocupada em comparecer ao debate político, pois sua campanha está subsidiada pela figura popular do presidente Lula. Aliás, o povo não sabe das propostas políticas de Dilma; há muitos quem duvidam que ela irá governar. Talvez ela seja apenas uma laranja para que o atual presidente exerça o seu terceiro mandado por debaixo dos panos. <?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: justify; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:Calibri;">Por outro lado, temos uma fraca oposição representada em primeiro lugar pelos candidatos a presidente José Serra e Marina Silva. O primeiro foi ministro da saúde no governo de Fernando Henrique Cardoso, e poderia usar isto para apontar as mentiras ditas pelo presidente Lula a respeito do atual cenário socioeconômico do país, onde ele atribui a si próprio a responsabilidade pelos principais avanços. As raízes da estabilidade econômica foram plantadas lá atrás no governo de FHC, e Lula soube usar isso muito bem, dando continuidade aos planos traçados pelo presidente anterior. Só que nada de inovador foi feito pelo atual presidente em seus dois mandatos, que ao final, acabou adotando uma postura conservadora e muitas vezes retrógada, quando este resolve voltar atrás dos ideais da democracia, atacando a liberdade de imprensa. O único diferencial apresentado por ele foi a ampliação dos programas sociais, coisa que só foi possível graças à estabilidade econômica. Desde o seu primeiro mandato, percebemos o país caminhando para uma Democracia popular, ou seja, uma forma bem menos evoluída de democracia, onde se conta apenas a opinião da maioria. O reflexo disto pode ser visto na própria corrida eleitoral, onde o presidente pratica descaradamente seu clientelismo, pedindo voto pros fulanos seus amigos enquanto acusa o outro candidato de “aético” porque este protestou contra a violação de sigilo fiscal da sua família. E o direito de protestar, não faz parte dos ideais da democracia? A lei não surge no aqui e agora porque uma maioria decidiu, ela está lá, registrada na constituição. Então porque tornar legítimo as palavras de um presidente? Porque a maioria está com ele?<o:p></o:p></span></p><span style="LINE-HEIGHT: 115%; FONT-FAMILY: 'Calibri', 'sans-serif'; mso-bidi-: minor-bidi; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latinfont-family:'Times New Roman';font-size:11;" >E Dilma Rouseff? O que as pessoas que vão votar nela sabem sobre ela? Nada. E a culpa por isso é do povo? Não. Mas é o povo a responsabilidade pelo futuro do país. O que eu sei dela é que foi uma revolucionária nos tempos da ditadura, dessas que pegou em arma e executou o sequestro do embaixador americano ao lado do seu Grupo MR8. Fernando Gabeira também fez parte dessa turma, mas ao contrário dela, ele se arrepende e assume uma postura a favor da verdadeira democracia; coisa que não vemos na candidata Dilma – que recentemente quis altear a lei de anistia – e no atual presidente lula - que recentemente defendeu a postura do governo de cuba ao não ceder à greve de fome de um preso político. Me questiono seriamente sobre os valores democráticos dessas figuras. Só espero não ver a nossa estabilidade econômica abalada, pois as resoluções dos problemas mais graves do país como a saúde e a educação dependem disso. Marina Silva tem sido uma forte oponente na disputa eleitoral, mas com toda a sua pose, eu acho que ela se candidataria melhor à santa. E por falar nisso, a população parece que despertou de vez a simpatia por candidatos com histórias humildes, e virou até uma estratégia eleitoral usar a história do candidato mais do que a exposição das suas propostas. Ora essa, e Juscelino Kubitscheck, que ia pra escola descalço em sua cidade no interior de Minas Gerais e mesmo assim priorizou suas ideias iluministas em detrimento da história da sua vida? Por falar em história, quero aproveitar para parabenizar meu tio Rafael Brasil, a quem eu chamo carinhosamente de Faé, pelas postagens publicadas em seu blog. São realmente a minha referência em pensamento político, e a todos eu indico a sua leitura através deste endereço: <a href="http://rafaelbrasilfilho.blogspot.com/">http://rafaelbrasilfilho.blogspot.com/</a>. Ele é realmente a maior cabeça pensante de toda aquela região do agreste meridional. <span style="mso-spacerun: yes"></span></span></div>Mateus Souto Maior Barroshttp://www.blogger.com/profile/17065724417252876588noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2628678517353335900.post-17506527576363831812010-08-23T14:20:00.000-07:002010-08-23T14:35:22.135-07:00O pensamento luz da virada do novo século<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUi_KqOxzTzU20mz_maGHyYQqohQjjc6gw1kyXPIIr8G8fITtbWhqgUTj_8qrs1h01ucsavONKr7pEiQv0fC5eCAEWhEXcEXunaXHzQIep7ibDw_2v1S4yzfDN66hwdfSndTIbcm-qqX5s/s1600/3173593641_28fee85650.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 211px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5508721903501386450" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUi_KqOxzTzU20mz_maGHyYQqohQjjc6gw1kyXPIIr8G8fITtbWhqgUTj_8qrs1h01ucsavONKr7pEiQv0fC5eCAEWhEXcEXunaXHzQIep7ibDw_2v1S4yzfDN66hwdfSndTIbcm-qqX5s/s320/3173593641_28fee85650.jpg" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimaZu2wcFyR_lNBLOoqhT_OivYQPaZrjZDum_v6miTc1SDFZkcPfy63I07jTFQnsaTnde5shuERVNYzOQYiUFYq0BtL1O1rTFhjFTFzxvY3jLTECraFqCRJ_bqjpEE5obtQYE0DRDvL-dQ/s1600/4924E8_2.jpg"></a><br /><br /><div><p style="MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="font-family:Calibri;">Não consigo dormir, por isso resolvi escrever. Passei as últimas três semanas me preparando para uma prova de residência em saúde mental que aconteceu ontem. Terminando a prova, fui extravasar no morro da conceição e lá encontrei uma garota. Não sei se perdi o sono por causa dela ou por causa da prova. Deixa para lá, pois não é sobre isto que quero falar agora. Quero mesmo é falar de um filme que eu assisti pela terceira vez no sábado à noite em que antecedeu a prova – como sempre costumo fazer nas vésperas dos concursos públicos. O filme se chama “ponto de mutação” (“<span style="mso-bidi-: minor-latin;font-family:Calibri;" >Mindwalk”, no original</span></span><span style="font-family:'Arial','sans-serif';">),</span><span style="font-family:Calibri;"> é de 1990 e foi levemente adaptado do livro homônimo de Fritjot Capra. É realmente um filme para ver e rever várias vezes devido ao seu conteúdo filosófico; e é muito bom, pois cada vez que você o assiste, a compreensão sobre ele aumenta. <?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span></p><br /><br /><p style="MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="font-family:Calibri;"><span style="mso-tab-count: 1"></span>A sinopse é simples, pois se trata de um encontro casual entre um político deprimido, um poeta (amigo do político) e uma cientista norueguesa.<span style="mso-spacerun: yes"> </span>O encontro acontece em um cenário belíssimo: um castelo medieval ilhado em algum lugar da França. A maré da ilha está baixa, e de repente, este cenário se torna palco para o mais brilhante diálogo já visto na história do cinema. Diálogo este que se estende por todo o filme, pois não se trata de um simples diálogo - dá até para personifica-lo e percebê-lo como o personagem central do filme. Trata-se de uma de uma verdadeira aula de filosofia, e o melhor, com uma linguagem bastante clara, ao alcance da compreensão dos letrados mais medíocres.<span style="mso-spacerun: yes"> </span>Fica até difícil para mim, encontrar as palavras certas para descrever o fenômeno que ocorre nesse filme; mas vamos lá, não custa tentar: ... (pausa)... cada personagem traz uma perspectiva - uma visão de mundo – e um sentimento de acordo com a situação em que se encontram – o político fora derrotado na última eleição à presidência dos estados unidos devido ao seu projeto político que em pouco correspondia com os desejos dos eleitores norte-americanos; o poeta se mudara para França por não se adequar ao estilo de vida maniqueísta dos Estados Unidos; e a cientista entrara em recesso do seu projeto de pesquisa sobre raio laser por perceber que este estava sendo financiado para a construção de armas nucleares. A partir disto, cada um expõe o seu ponto de vista, e aquele que se sobressai é, sem dúvida, o da cientista, por se tratar de um pensamento inaugural do novo século. Chama-se Pensamento Sistêmico, também conhecido como “o novo paradigma da ciência”. Pretendo expô-lo de forma grosseira e resumida no próximo parágrafo, mas antes, deixem-me terminar de falar sobre o filme. É interessante você notar o processo de mudança tanto na perspectiva dos personagens quando no quadro emocional em que se encontravam antes da conversa começar. É uma grande lição de como uma conversa profunda pode mudar a vida das pessoas, mais do que muitos benzodiazepínicos. <span style="mso-spacerun: yes"></span><o:p></o:p></span></p><br /><br /><p style="MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="font-family:Calibri;"><span style="mso-tab-count: 1"></span>Agora vamos ao pensamento sistêmico. Como falei no último parágrafo, trata-se de um novo paradigma, uma nova maneira de perceber e fazer. É também conhecido como o novo paradigma da ciência, e ciência considerando a maior amplitude do seu termo, englobando praticamente todas as áreas do conhecimento humano. Em se tratando de um novo paradigma, ele vêm para tomar o lugar do antigo, pois não há mais espaço para o antigo paradigma nos tempos de hoje, e a cientista está de plantão no filme para citar alguns exemplos catastróficos de aplicações do antigo paradigma na atualidade. O antigo paradigma foi inaugurado por René Descartes, e por isso foi também chamado de paradigma Cartesiano. Ele nos ensinou a estudar, e em seguida, tratar de todas as coisas da natureza e do homem como elementos isolados, desconsiderando a relação que existe entre eles. Como exemplo disto: Eu estou sentado na cadeira; eu sou uma coisa e a cadeira é outra, e por isso, terão de me separar da cadeira se quiserem estudar a cadeira e a mim. Isto era feito a fim de se alcançar a maior profundidade possível acerca daquele objeto. Até certo momento do século XX isso foi muito importante para as descobertas científicas; porém, enquanto epistemologia – uma forma de perceber e agir no mundo que está inscrito em toda a cultura – não se aplicava mais. Precisava-se de uma mudança que pudesse abranger as relações existente entre as coisas na sua epistemologia. Foi daí que surgiu o paradigma sistêmico, baseado na teoria geral dos sistemas. Essa teoria concebe um sistema como uma organização de elementos que está sempre em processo de mudança em sua estrutura. Além dos elementos comporem um sistema, cada um representa em si, pois está em constante inteação com outros sistemas. Isso dá uma idéia de movimento constante, por isso, não devemos entender o sistema como uma estrutura estática, mas sim como um pocesso. As coisas compõem sistemas e também são sistemas... os sistemas se articulam com outros sistemas mudando completamente a configuração inicial de todos os envolvidos. Uma família é um sistema, que está encontato com outros sistemas, como o colégio, o trabalho, o bairro, a sociedade. A árvore não é mais apenas uma árvore sozinha, ela está em contato com a floresta, com os animais que lá habitam, com o homem que lá pisa e com o vento que nela sopra. Assim são os sistemas, cadeias de relações que se encontram em constante movimento. É muita coisa para ser dita em uma postagem, por isso, recomendo a leitura do livro “pensamento sistêmico: O novo paradigma da ciência” <span style="mso-bidi-: minor-latin;font-family:Calibri;" >de <span class="addmd1"><span style="LINE-HEIGHT: 115%; mso-ansi-font-size: 11.0ptfont-size:11;color:black;" >Maria José Esteves de Vasconcellos, ou que assistam ao filme “ponto de mutação”. Aos mais ousados, também seria interessante a leitura de livro de Ponto de mutação Fitjot Capra... Esse eu não li ainda, mas já estou pretendendo.</span></span></span></span><o:p></o:p></p></div>Mateus Souto Maior Barroshttp://www.blogger.com/profile/17065724417252876588noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-2628678517353335900.post-29559455319275539882010-07-22T21:55:00.000-07:002010-07-23T16:51:20.536-07:00A ESTAÇÃO FINAL DO TREM (poesia)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmGK2d8Z3tVePRWRbMwGgFYT2wSVuG0Dz10s2S7Er3zFLfkH_w7n-EUMyK3Ov_T2CWzXBILtS4t5xYnc1lNrUnwA8XWSy9MZAYUoWaAPal1RhVqZwP2vpwLvbv2H9XTZIVfjzpAT9C9XGM/s1600/trem.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 216px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5496962399512349426" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmGK2d8Z3tVePRWRbMwGgFYT2wSVuG0Dz10s2S7Er3zFLfkH_w7n-EUMyK3Ov_T2CWzXBILtS4t5xYnc1lNrUnwA8XWSy9MZAYUoWaAPal1RhVqZwP2vpwLvbv2H9XTZIVfjzpAT9C9XGM/s320/trem.jpg" /></a><br /><div align="center">Autor: Mateus Barros</div><div align="center"><br /></div><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Vagões lotados<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Pessoas nos convéns <span style="mso-spacerun: yes"></span><o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Todos estão à espera<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Da estação final do trem<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><o:p><span style="font-family:Calibri;"></span></o:p></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Pessoas sentam ao meu lado<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Parados em minha frente estão<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Olhos marcados pela história<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Mas eu não sei quem são<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Na estação eles saltam<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Alguns deixarão saudades<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Outros partirão na solidão<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><o:p><span style="font-family:Calibri;"></span></o:p></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Este trem chamado vida<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Pela trilha do tempo ele percorre<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Acelerando e freando<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Velocidade inconstante<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Paradas bruscas e imprevisíveis<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Outras já ansiosamente esperadas <o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Só este trem que não morre<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><o:p><span style="font-family:Calibri;"></span></o:p></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Na janela olhamos a paisagem<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">O mundo mostra a sua face<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Tão independente da nossa passagem<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Ali estão outros passageiros do trem<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Sem saber o dia a hora ou a precisão<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">O que eles sabem é que o trem sempre vem <o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><o:p><span style="font-family:Calibri;"></span></o:p></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Já ouvi falar de trens fantasmas<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Será que eles existem<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Uns dizem que são de arrepiar<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Outros que são como este<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Onde a viagem continua<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Além da estação final<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><o:p><span style="font-family:Calibri;"></span></o:p></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Somos todos passageiros neste trem<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Sabemos da estação destino que nos aguarda<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Mas a viagem é tão bonita<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Com tantos passageiros ilustres <o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Que esquecemos para onde vamos<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Há algo de inexplicável neste trem<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><o:p><span style="font-family:Calibri;"></span></o:p></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Às vezes desejamos chegar logo<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Viajamos sem levar bagagens<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Sente que valor nenhum esta viagem tem<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Outros passageiros já não mais importam<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Dá até vontade de saltar do trem<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><o:p><span style="font-family:Calibri;"></span></o:p></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Outros viajam felizes<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Satisfeitos apesar dos poréns <o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Sentem que fizeram da viagem uma obra de arte<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Fizeram coisas e amaram alguém <o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">No chão duro do vagão plantou sementes<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Seguiram o caminho do bem<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Agora podem relaxar e chegar<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Na estação final do trem<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><o:p><span style="font-family:Calibri;"></span></o:p></p><br /><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Esperado ou inesperado<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Este trem possui um sistema falho<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Ele não avisa<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Se vai parar ou se vai continuar<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Não sabemos onde e quando<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes"></span>Chegaremos na estação final<o:p></o:p></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;">Deste trem chamado vida.</span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;"></span> </p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"> </p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Calibri;"></span></p><p style="TEXT-ALIGN: center; LINE-HEIGHT: normal; MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="left"><span style="font-family:Calibri;"><o:p>* dedico esta postagem a Lilian. Sua avó está hospitalizada devido a idade avançada. Espero que ela melhore e que estas palavas sirvam de conforto.</o:p></span></p>Mateus Souto Maior Barroshttp://www.blogger.com/profile/17065724417252876588noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2628678517353335900.post-89716175310192428122010-07-13T08:59:00.000-07:002010-07-13T09:18:09.110-07:00O mal da felicidade 2 – a salvação de uma farra<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAyd9DHy5sTre8DtUGREUALWF9Ljio9x-3NiWDMl5XEp7QXUaxFJ5gxhbIW2vFb-mNpMKvIMCsW-xjWTZSFZPdXBQ8m8PIT4N7yU4YpKl4JnlgKPNCNQmqHdOak4c2qBvGQnznEJQT97wS/s1600/1225449527_joao_werner_mesa_de_bardigital.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 239px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5493422987757736482" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAyd9DHy5sTre8DtUGREUALWF9Ljio9x-3NiWDMl5XEp7QXUaxFJ5gxhbIW2vFb-mNpMKvIMCsW-xjWTZSFZPdXBQ8m8PIT4N7yU4YpKl4JnlgKPNCNQmqHdOak4c2qBvGQnznEJQT97wS/s320/1225449527_joao_werner_mesa_de_bardigital.jpg" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_C9onbX1ZN1-WjETnSwgh9WUviFfiXd8BGu9CQc4n8lwpSxlqpjDKz6qUa5G0vRzS3gOyVfcYnqqqiO3DvNuEp2dInlMrjejZiCAkM17E5Ta0AhDldJ2flC6htMVIixSM8Gw60maIyXs6/s1600/1225449527_joao_werner_mesa_de_bardigital.jpg"></a><span style="font-family:arial;">(Dedico esta postagem a Sophia. Não a conheço pessoalmente, mas é a maior leitora e comentarista do meu blog. Pessoas como ela motivam a dinâmina deste pequeno tripé para o mundo das letras. Se for solteira e gata, louvada seja. Se for feia e comprometida, abençoada seja.)<br /><br /></span><p style="MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="LINE-HEIGHT: 115%;font-size:12;" ></span></p><p style="MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="LINE-HEIGHT: 115%;font-family:arial;font-size:12;" ></span></p><p style="MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal" align="justify"><span style="LINE-HEIGHT: 115%;font-size:12;" ><span style="font-family:arial;">Quem canta, seus males espanta. Mas quem silencia, nem sempre seus males anuncia. Então, por que temos sempre que nos incomodar com aquele nosso amigo que está calado, pensativo em um momento de muita euforia coletiva? Por que temos que discriminá-lo, logo ele, que costuma nos presenteia com um imenso prazer em forma de presença? Será que é por isso? Estamos tão habituados com um prazer que a sua presença alegre nos proporciona de modo que se torna inadmissível o fato da sua alegria eufórica não esteja tão presente quanto a sua pessoa física? É aí que impera o regime ditatorial da felicidade. Não aceitamos a presença de pessoas morgadas* em ambientes vigiados pelo exército vermelho da felicidade. Todos somos componentes deste exército, e se nos comportamos de maneira “morgada”, é sinal de que estamos traindo nossa corporação. Ainda posso ir um pouco mais além: Trata-se de um exercito fraco, pois carece de autonomia individual, mecanismo de sobrevivência fundamental em casos de falha do sistema coletivo. Dá pra entender até que a tal felicidade não emana do nosso interior – como acontece com o glorioso conhecimento. Parece que ela vem de fora, nos tornando dependentes de ambientes alegres tal qual um viciado em crack ou uma pessoa carente de afeto.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span></span></p><br /><br /><div align="justify"><span style="LINE-HEIGHT: 115%; FONT-FAMILY: 'Calibri', 'sans-serif'; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-: minor-bidi; mso-fareast-: minor-latinfont-family:Calibri;font-size:12;" ><span style="mso-tab-count: 1"></span><span style="font-family:arial;">Retomando a premissa inicial: quem silencia, nem sempre seus males anuncia. Isso. Apesar do erro de concordância por seguir a rega popular, este ditado inventado por mim diz respeito a qualidades que podem possuir algumas pessoas que estão silenciosas em momentos de muito barulho. Elas podem estar refletindo sobre algo, analisando o ambiente, zelando pelos amigos por livre e espontânea vontade. Sem que o momento nos permita dar conta disso, essas pessoas acabam sendo muito importantes em momento de farra. Tomo a farra como exemplo por representar a alegria a qual me refiro; e mais, subsidiadas por elementos simbólicos da suposta alegria: álcool, mulheres, música, e por aí vai. O silencioso pode assumir um papel mais importante que muitos dos outros que estão inseridos no contexto não podem assumir. Muito além disso, pode ser a pessoa mais disposta a bater um papo diferenciado do contexto. Por essas e outras é que ele pode ser a salvação da farra, aquele elemento capaz de nos fazer realmente felizes. Claro, ele pode estar preocupado com algum particular, mas há de ser respeitar segundo a boa moral; e fazendo isto, nos sentimos bem melhor ajudando este amigo do que finalizando a farra com algum sexo frustrante. Podemos viver momentos de sinceridade e ternura tendo a farra como pano de fundo, lembramos sempre de que aquela felicidade toda é fugaz e incomparável à nobreza de espírito que um certo silêncio da noite pode nos trazer. </span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;font-size:7;"></span> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;font-size:7;"></span></div><div align="justify"><p style="MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal"><span style="LINE-HEIGHT: 115%;font-size:12;" ><span style="font-family:Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes"></span>*Termo popular, que de tão vago, designa qualquer comportamento que se assemelhe a melancolia ou que não corresponda com os padrões limitados da alegria exaltada em<span style="mso-spacerun: yes"> </span>harmonias coletivas<b style="mso-bidi-font-weight: normal"><o:p></o:p></b></span></span></p></div></div>Mateus Souto Maior Barroshttp://www.blogger.com/profile/17065724417252876588noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2628678517353335900.post-30618186565519872892010-05-31T19:54:00.000-07:002010-05-31T20:29:19.241-07:00O tempo existencial e Norma Bengell<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpj9qZlpX4AwKdQqcUQgfQHOJ2jyH_iFnux2x75veD8Ks_hAa8-2iE6uUPwtvcg9e1R8fcncK0wIxWWbe6xUGoTK6JXiExlhs-hgTldo8xAIioqlMzQ3exvRk6YjGPcCQl_kJkye6CZaSX/s1600/Norma.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 239px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5477641712103645250" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpj9qZlpX4AwKdQqcUQgfQHOJ2jyH_iFnux2x75veD8Ks_hAa8-2iE6uUPwtvcg9e1R8fcncK0wIxWWbe6xUGoTK6JXiExlhs-hgTldo8xAIioqlMzQ3exvRk6YjGPcCQl_kJkye6CZaSX/s320/Norma.jpg" /></a><br /><p style="TEXT-INDENT: 35.4pt; MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:Calibri;">Ontem vivi uma experiência quase psicótica, de desejar romper friamente com a realidade e me entregar de vez ao mundo dos sonhos. Não foi devido a nenhum sentimento político ou social; foi mais existencial mesmo, dessas em que a função do tempo sobre nós, mostrando o início e o fim das coisas, caiu como uma tempestade sobre a minha consciência. Permitam-me explicar melhor, depois de cair na gandaia ontem, cheguei bêbado em casa, fui dormir e tive o seguinte sonho: “Estávamos todos reunidos em um momento de confraternização, eu e a minha família toda da geração que me precede - só que todos estavam mais jovens, com aparência física de 25 a 30 anos. Quem estava presente nesta festa, não sei por qual motivo, era Norma Bengell, musa do cinema, da música e do teatro brasileiro dos anos 60. Conversei bastante com ela, não me lembro qual assunto, me deixei derramar no seu olhar hipnotizante e me derreti de paixão como uma bola de sorvete no calor da praia de boa viagem.” </span></p><br /><p style="MARGIN: 0cm 0cm 10pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes"></span><span style="mso-tab-count: 1"></span>Até aí tudo bem, pois enquanto sonho tudo era permitido já que não existem barreiras lógicas, éticas e morais para o nosso inconsciente. Porém, ao acordar, o peso da realidade me fez cair uma dúvida inquietante: “como estará Noma Bengell hoje em dia”? Vale ressaltar que a Norma Bengell que apareceu nos meus sonhos se encontrava no mesmo estado de conservação da Norma Bengell de Noite Vazia – excelente filme de 1964 dirigido pelo saudoso Walter Hugo Khouri.<span style="mso-spacerun: yes"> </span>Não hesitei... Pulei da cama ainda sobre efeito do uísque de algumas horas atrás e corri para o computador para procurar na internet algum registro atual de Norma Bengell.<span style="mso-spacerun: yes"> </span>Encontrei uma entrevista com ela feita por Antônio Abujamra no seu programa “provocações”, e adivinhem... quase caí de costas. Norma estava acabada, destroçada, desfigurada pelo tempo. Nem de longe lembrava aquela Norma de Noite Vazia, ou de “o pagador de promessas”, outro filme inesquecível dirigido por Anselmo Duarte em 1962. Pra vocês terem uma idéia, nessa época, Norma chegou até a ser comparada com Brigitte Bardot. Recentemente, ela atuou no programa “Toma lá, dá cá”, no papel de Deise, uma moradora sapatão do edifício Jambalaya. </span></p><span style="LINE-HEIGHT: 115%; FONT-FAMILY: 'Calibri', 'sans-serif'; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-: minor-bidifont-family:'Times New Roman';font-size:11;" ><span style="mso-tab-count: 1"></span>Mas, voltemos ao surto. Depois de quase cair para trás ao ver Norma Benguell hoje em dia, novamente me ocorreu um certo pensamento que em muitos momentos da minha vida me atordoa:<span style="mso-spacerun: yes"> </span>“Somos seres humanos e vivemos sob a sensação de dominarmos a natureza. Acreditamos que temos o total controle de nossas vidas nas mãos, que temos sempre planos para o amanhã e temos métodos, instrumentos... enfim... capacidade suficiente para sermos senhores da nossas vidas”. Tal sensação também se traduz em momentos de alegria que temos com nossos amigos, quando o mundo parece parar de girar para dar lugar ao eterno. É quando comunicamos aos nossos amigos: “vamos marca outro encontro desses”, “vamos ser sempre amigos”. São momentos em que ignoramos que o Tempo, senhor do início e do fim e de todas as mudanças que ocorrem na natureza, está agindo de maneira fria e impiedosa sobre nós. Não me refiro ao tempo cronológico, mas ao tempo existencial, aquele que mostra que o agora já não é mais, que tudo está correndo em direção ao fim. Tal realidade se revela de forma cruel, mostrando que isso existe, quando procuramos viver cada dia tentando esquecer. <span style="mso-spacerun: yes"></span>Creio que cheguei a esta sensação por assistir a muitos filmes antigos e por conseqüência testemunhar o ontem e o hoje sobre as coisas. O medo da morte, de não saber o que existe depois dela e de saber que ela se aproxima desde quando nascemos estão constantemente presentes neste complexo sensacional. Me conforta a perspectiva de Norma que vive cada momento como se fosse o último, sem tantas preocupações com o futuro. Norma foi uma mulher que viveu intensamente uma vida de grandes amores e grandes lutas, e nunca perdeu a sua vaidade e feminilidade que a mocidade poderia ter tirado com o peso do tempo existencial. </span>Mateus Souto Maior Barroshttp://www.blogger.com/profile/17065724417252876588noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2628678517353335900.post-51159581147668007292010-04-15T09:58:00.000-07:002010-04-15T10:26:14.934-07:00O seu corpo é uma nuvem (poesia)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHv3nAQow31cjdD_VA2Dh0HFtQxmtCWkCZWu31AlDG9No7ftIYb7zYY5k_w7h7gA3GQtrMDSr3Etufn4wyG8PVo2W5LMYKVUlB_US5xAKp0O3c7f9HCbFCf6oCUReneWl-11UNSNOujKK-/s1600/entre-nuvens.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 220px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5460416835398143378" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHv3nAQow31cjdD_VA2Dh0HFtQxmtCWkCZWu31AlDG9No7ftIYb7zYY5k_w7h7gA3GQtrMDSr3Etufn4wyG8PVo2W5LMYKVUlB_US5xAKp0O3c7f9HCbFCf6oCUReneWl-11UNSNOujKK-/s320/entre-nuvens.jpg" /></a><br /><div>Autor: Mateus Barros<br /><br />Tão longe para com as mãos tocar<br />Tão perfeita em suas formas<br />Para com a vista se adimirar<br />Seu corpo é como uma nuvem<br />Que escurece num céu de inverno<br />E brilha no sol do verão<br />O observador contempla com os olhos<br />E com a força da imaginação<br /><br />Uma nuvem se funde com outra<br />Um corpo que agora está em outro<br />Agora não é mais um e outro<br />São apenas um<br />Mas se uma próxima nuvem vier<br />Que chova<br /><br />A nuvem parece macia<br />Tal qual sua pele sedosa<br />Tamanha é a semelhança<br />Só falta a nuvem ter olhos e cabêlos<br />Se ao por do sol vejo a nuvem rosada<br />Nela sinto o seu cheiro<br /><br />Se eu me sinto sozinho<br />Sem um amor para fazer<br />Dos meus pensamentos, um lugar<br />Vejo uma nuvem sem rosto<br />Milhares de corpor bonitos<br />Porém, todos iguais<br />Vejo nuvens no céu a passar<br /><br />E se um dia eu me der conta<br />Que meu amor não está mais neste mundo<br />Quero olhar para o céu<br />Numa noite fria de inverno<br />Quero que todas as nuvens chovam sobre mim<br />Até que um dia, além das nuvens, eu possa te encontrar</div>Mateus Souto Maior Barroshttp://www.blogger.com/profile/17065724417252876588noreply@blogger.com4