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sábado, 7 de novembro de 2009

Ensaio de Psicodelia Crítica... um pequeno lixo textual


Aí vai o recado de um certo Nélio Narigudo, um sujeito indecente que diante de uma tentativa frustrada de ganhar a atenção de leitores desocupados da “rede interna”, resolveu publicar essa porcaria:
“Como será que age a carne ante a sensação de medo? Essa pergunta pode ser respondida por alguns grupos de moradores da zona norte do Rio de Janeiro. É que as primeiras semanas do mês de outubro foram marcadas por um retorno às evidencias do quadro da guerra social no rio, esta que teve inicio nos anos setenta, com o surgimento das primeiras milícias que operavam no tráfico de drogas; cresceu ao ponto de ter originado o comando vermelho nos anos oitenta, e a partir daí, encosta a classe média no canto da parede com uma AR-15 apontada para o aparelho do estado, arma essa que foi conseguida graças às brechas deixadas pela falência moral do estado.
Por um lado, o crime organizado deu origem a um ambiente de paz com ameaças silenciosas. Os muitos grupos que atuam no tráfico possuem uma espécie de aliança entre si (RAFAEL, A. At. ALCEU - v.2 - n.3 - p. 166 a 179 - jul./dez. 2001); são movidos pela amizade e também por uma espécie de ética semelhante a existente inter-órgãos estatais. Sua maneira hierarquizada de organização se assemelha, em muitos aspectos, ao do aparelho estatal. “Para a felicidade do leitor, não vou expor aqui essas semelhanças, basta que continuemos entendendo da maneira como é de praxe: de que ali existe um poder paralelo.”
Esse canalha pode ser uma espécie de alterego muito qualificado. Meu outro “eu”, que não necessariamente chega a pensar de modo inverso, mas prioriza a seguinte questão: como qualificamos a nossa relação com o tráfico de drogas da nossa cidade?? E nossas áreas, nossos esquemas?? E ainda vou mais longe... Se é uma verdade absoluta que, nós da classe média, somos os verdadeiros financiadores do tráfico graças à enorme quantidade do nosso consumo, então porque tanta indignação contra uma ordem social regida por eles?? Nem posso me considerar um careta depois de acabar de curtir um Barato.

2 comentários:

  1. Muiito legal o texto Mateus!Deixe de modéstia e vá fazer jornalismo!

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  2. somos refés de nós mesmos!

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