Bem, aqui estou, sentado diante do universo de onde pareço ter nascido, pronto para mais uma elaboração sem – ou talvez cheia de – paralelos. Hoje o tema é... “preconceito”. Esse daí surgiu a partir de uma brincadeira saudável proposta pelo meu primo Mário Barros, onde um de nós dois lançamos um tema por semana, e a partir disto, cada um elabora o seu texto. Na ocasião, foi a minha vez de lançar mão do tema, e a primeira palavra que a minha mente criativa me presenteou foi: Preconceito. Então vamos lá. Sabe quando você cruza com uma pessoa desconhecida na rua, festa, novo emprego... onde quer que você esteja? Pois bem, não se trata apenas de ‘mais um desconhecido’. Trata-se do NOVO. Universo inexplorado, e que por ser isto, poderá te afetar de várias maneiras. Só que nunca estamos preparados para o impacto do Novo (universo inexplorado) em nosso Self. Ou, melhor dizendo, nunca estamos seguros quanto à imunidade do nosso Self frente ao impacto do novo. Logo, que outra reação a chegada desse Novo pode nos causar a não ser uma específica: o Medo? Medo de nos desestabilizar; medo de escorregar diante desse misterioso novo a ponto de passarmo a olha-lo de baixo para cima. Em seguida, vem as reações contra este medo, aquelas que caracterizam o preconceito na maneira como o conhecemos: discriminação, rejeição, crítica, aversão. De uma forma geral, tais reações sucedem uma análise bastante superficial da maneira como a pessoa se apresenta, levando em conta apenas a sua imagem.
Esta pequena e resumida explanação (qualidade textual que não se trata de novidade para aqueles que já estão habituados a ler meu blog) apenas sugere aquilo que me propus a colocar como ideia central para este tema: O preconceito é muito mais do que discriminação racial, sexual e social. É, também, mas vai muito além; e como ilustração disto, basta prestarmos atenção a outros tipos de discriminação que ainda não chegamos a levar para o plano das discussões de idéias. Existe preconceito contra gordos, conta fumantes, contra pessoas de meia idade, etc., etc., etc. Nunca vi um gordo feliz com a sua imagem refletida no espelho; e muito menos, um gordo transitar pelo social isento de críticas por parte de outras pessoas quando aos seus dotes físicos. E os fumantes? Já foram mais felizes um dia, quando a sociedade não correspondia aos padrões politicamente corretos da saúde e eles podiam fumar o quanto quisessem em bares e restaurantes. Pessoas de meia idade? Essas última tem voz e atitudes dignas de respeito num mundo globalizado onde se valoriza apenas o espírito e a aparência jovem?