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terça-feira, 23 de junho de 2009

A juventude espontânea

A maior graça que a juventude pode ter é sem dúvida a espontaneidade. O desejo de abraçar o mundo associado seguido de uma busca compulsiva por identificação – através da comunicação plural, mesmo sem tanto cuidado com as besteiras que fala – é o seu traço mais charmoso. Os registros culturais dessa fase de emancipação do homem têm como figura clássica o office-boy. Este jovem era capaz de encantar a todos os setores da organização não somente pelo seu esforço para ganhar uns trocados como também pelo seu interesse em desvendar o mundo existente por trás daquela cultura - o fabuloso universo dos adultos e seus modos de relação. Mas aí eu pergunto: a quantas andam essa espontaneidade? O que dizer dos jovens de classe média (e todas as suas variações que, juntas, compõem o maior quadro sociológico da juventude brasileira) que saem pela noite atrás de um entorpecente ou simplesmente de uma “ficada”? Existe beleza nesse quadro? Essa última pergunta fica a pá da preferência artística de cada um.

2 comentários:

  1. Eu ainda costumo acreditar que por trás dessas atitudes generalizadas e automáticas existem mentes pensantes incríveis! O problema é que as vezes as julgamos massa passiva, e esquecemos de um potencial humano de ser diferente e ativo. Enfim, as pessoas me surpreendem muito quando as tiro desse cenário geral e analiso suas partes autênticas.

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  2. o que você diz é uma verdade, Bia. Mas eu não tô generalizando. Tô apenas comentando sobre um tipo de comportamento no meio de tantos outros que existem na complexidade dos seres humanos. É um comportamento que é real, faz parte de uma cultura, e por isso tem uma história, têm fundamentos no ontem; e nem por isso, a singularidade de cada pessoa está excluída. Pretendo explorar mais iss nos próximos textos. obrigado pela sua opinião.

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