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terça-feira, 7 de abril de 2009

O neoliberalismo e o G20

As pessoas se enganam quando se referem ao neoliberalismo. Confundem com capitalismo selvagem, onde a riqueza dos ricos faz a pobreza dos pobres. Já foi assim um dia, a pelo menos cento e poucos anos atrás. Hoje está mais do que claro que o crescimento econômico depende do poder de compra e venda das organizações, e a riqueza de um só se faz pela possibilidade de compra do outro, da capacidade de consumo. O capitalismo é um modelo econômico circular, têm que passar pela mão de todos, ou os meios de produção param de funcionar devido a falta de lucros. Quem os faz lucrar somos nós, consumidores, e quanto mais a empresa lucra maior é a quantidade de empregos que nela pode surgir. Empregos para nós, consumidores. Sem falar que estas mesmas empresas também precisam prestar contas com o estado, através do pagamento de impostos. O dinheiro arrecadado desses impostos é que será direcionado para o dever público do estado, pagando os seus funcionários da saúde, da educação, da política e etc. tornando estes meios disponíveis para todos.
Passando para uma visão mais global da coisa, os países ricos - assim como grandes e pequenas empresas dentro de um país – não conseguem se estabilizar economicamente diante de um caos econômico que assola os países que mais importam seus produtos. Foi o que aconteceu com os estados unidos nos anos 20, quando houve a quebra da bolsa de valores devido a um acúmulo de capital privado em detrimento das guerras e revoluções que afetavam outros países. Depois da segunda guerra mundial, foi feita a convenção de genebra, e nela, surgiu a declaração dos direitos humanos universais. Direitos estes que comprometeram os países mais ricos a ajudarem os mais pobres. Uma nova consciência surgia dali: os pobres seriam pensados e ajudados – e porque não dizer... amados? - pelos ricos, e este segundo grupo faria isso não somente porque é algo moralmente bonito (advém de uma filosofia humanística), como também, porque deles dependem a sua estabilidade econômica. As evidências desse novo tempo estão aí, saindo todos os dias nos jornais e muitos de nós, ignorantes e maus leitores, insistimos em ignorar. Um grupo de vinte países mais ricos do mundo – o G20 – foi criado com essa missão, de ajudar os países mais pobres, agora que essa crise econômica se tornou real. O Brasil, está neste grupo, assim como outros países emergentes – como a china e a índia – além dos velhos ricos europeus, norte americanos e asiáticos. Lula foi elogiado por Obama, que assim o chamou de “cara legal”. Tal popularidade para um presidente bonachão como lula não seria possível em outras épocas. É sinal de todas essas mudanças que grandes líderes sejam representados por pessoas simples e carismáticas como lula e Obama. Este segundo faz muito jus a este exemplo, pois ele hoje é presidente dos estados unidos, país sempre criticado por esquerdistas, taxado de imperialista e neoliberal (como se isso fosse defeito). Logo ele, um presidente afro-brasileiro... muito estranho para um país que muitos chamam de conservador, não acham? Bom, o importante agora é torcer para que esses “alguns reais” que o Brasil vai emprestar ao FMI para ajudar os países pobres possam realmente fazer isso. E viva o neoliberalismo, ele irá acabar com a desigualdade social no mundo.

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